MUNÍCIPES da cidade e província de Maputo respiram de alívio, após o anúncio da redução do preço do gás doméstico, de 70,32 para 40,57 meticais, anunciado terça-feira pelo Ministério dos Recursos Minerais e Energia.
Domingos Chavane, que reside em Mateque, distrito de Marracuene, província de Maputo, disse que no seu bairro a botija de gás de 11 quilos chegou a custar 850 meticais e agora vai comprar a mesma por 500 meticais, o que é um grande alívio.
“Para as famílias desfavorecidas, é uma vantagem, principalmente se se olhar para o salário mínimo. Esta queda alivia as despesas, visto que o gás é de extrema importância. Por outro lado, o saco de carvão custa, actualmente, cerca de 1200 meticais, facto que nos levará a optar pelo gás”, apontou Chavane.
A fonte disse ter ficado surpreendida pela percentagem de queda do custo de botija de gás e espera que os vendedores de carvão se sintam pressionados a baixar o preço deste combustível lenhoso que já chegou a 2000 meticais.
Abreu Luanda, do bairro Hulene, afirmou que a redução é bem-vinda, mas deseja que todos os produtos de primeira necessidade continuem a baixar.
“Agora vou preferir comprar gás do que carvão e estou a pensar usá-lo até para cozinhar feijão, o que não fazia antes”, disse Luanda.
Por seu turno, Sandra Chicuamba, do bairro do Jardim, na cidade de Maputo, referiu que a medida vai ter um impacto positivo, uma vez que o gás passará a ser a melhor opção para a cozinha.
Alzira Matusse, residente de Khongolote, apontou que há uma tendência de os produtos baixarem e o gás vai liderar a preferência nas cozinhas moçambicanas, comparado com o carvão vegetal que custa 1300 no seu bairro.
Xavito Cumbe, de Marracuene que antes comprava gás na cidade de Maputo por considerá-lo mais barato que na sua zona residencial, acrescentou que a sua família passava por aperto devido ao elevado preço do carvão que chega a custar 1200. Por vezes, disse a fonte, recorria à lenha para confeccionar os alimentos.
Egídio Chemane, gerente das bombas da EMAUTO, na avenida Karl Marx, anotou que com a nova tarifa, espera maior procura dos dois tipos de botijas comercializados na bomba.
A botija de 11 quilos (Galp) reduziu de 774 para 446 meticais. As outras marcas também sofreram uma redução de cerca de 50 por cento. Por exemplo, a botija de 9 quilos (Petrogás) passa a custar 337, contra os anteriores 633 meticais; a de 14 quilos passa de 984.50 para 570 meticais; a de 19 quilos cai de 1336 a botija para 775 meticais e a de 48 sofre uma queda de 1400 meticais, descendo de 3350 para 1950.