Cinquenta técnicos moçambicanos serão formados em segurança cibernética por especialistas da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), uma organização social ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) do Brasil.
Com duração de quatro semanas, a iniciativa constitui a segunda fase da capacitação de técnicos nesta matéria, sendo que a primeira foi na modalidade virtual, com base naplataforma e-learning.
O curso vai beneficiar 20 formandos provenientes das 10 direcções provinciais de Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional (DPCTESTP) e 30 em representação de ministérios.
Os conhecimentos teóricos e práticos adquiridos durante a capacitação poderão tornar os técnicos qualificados, para fazerem parte das equipas de resposta a incidentes de segurança computacional em todos os sectores.
A expectativa é que no fim do ciclo de formação seja melhorada a protecção de redes de computadores das instituições do Estado, assim como a criação de políticas sectoriais de segurança cibernética e promoção de boas práticas.
Falando no lançamento do curso, o secretário permanente do Ministério de Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional, Celso Laíce, afirmou que esta é uma área crítica não só para os utilizadores de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), mas também para os cidadãos que directa ou indirectamente fazem parte do mundo cibernético.
Referiu que para garantir uma melhor formação e permitir uma maior interacção entre os formadores e formandos, foram criados dois grupos, sendo que o primeiro termina a sua formação a 29 de Junho e o segundo terá a mesma capacitação de 2 a 13 de Julho.
O objectivo é aumentar a segurança dos sistemas informáticos e das infra-estruturas críticas do Estado, fornecendo conhecimentos técnicos sobre gestão de sistemas e controlo de ataques cibernéticos.
“O uso das TIC e, em particular da Internet, oferece-nos, por um lado, oportunidades e muitos benefícios, mas, por outro, o espaço cibernético aumenta a nossa vulnerabilidade a este tipo de crimes, caracterizados por não terem fronteira, ‘rosto’ e terem um grande impacto na vida privada, para o negócio e para o país”, disse.
Laíce acrescentou que o país tem estado a desenvolver várias acções com vista a combater os crimes cibernéticos, dentre as quais a criação de leis, aumento da capacidade de resposta a incidentes, estabelecimento de entidades responsáveis pela cibersegurança a nível nacional e do Governo e reforço da cooperação com países com larga experiência na matéria.