Sábado, 11 Maio, 2024
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Retrato de moçambicanos desesperados na RAS

Por admin-sn
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EVARISTO Macamo, 29 anos, mais conhecido por “Dragon”, é um rosto que retrata a história de milhares de jovens moçambicanos que vivem em condições deploráveis, na vizinha Africa do Sul, parte considerável dos quais sem documentos.

A  história também reflecte a frustração de muitos outros migrantes, bem como os sonhos desfeitos de nacionais que decidiram atravessar a fronteira, à procura de “melhores oportunidades” de vida.

A falta de documentos faz com que vivam à margem da lei, privados de emprego decente, bem como oportunidades de beneficiarem de uma formação técnica.

Dragon, que vive há três anos em Phokeng, um bairro rural de Rustenburg, que dista cerca de 20km do centro da cidade, na província de North West, para onde a nossa reportagem se deslocou, é um caso para dizer que a sorte não andou por perto, pois, para além do desafio de emprego, enfrenta o medo de ser detido qualquer momento por permanência ilegal e repatriado.

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“Neste país as coisas mudaram muito. Eu não contava que até esta altura [desde 2021] estaria a passar necessidades”, conta, num tom de desespero e arrependimento.

É que, segundo narra, “desde que estou aqui nada melhorou na minha vida. Agora, por exemplo, estou há duas semanas sem trabalho”. O jovem trabalha como ajudante numa empresa de construção civil.

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