Acordo tripartido viabiliza Porto de Tetchobanine

Elias Nhaca

FINALMENTE, o Porto de Tetchobanine, no distrito de Matutuíne, poderá sair do papel, viabilizando-se, assim, o sonho de se construir uma infra-estrutura ferro-portuária de águas profundas capaz de ser uma alternativa para Maputo, em Moçambique, e Richards Bay, na África do Sul.

Ontem os chefes de Estado de Moçambique, Botswana e Zimbabwe, nomeadamente Filipe Nyusi, Mokgweetsi Masisi e Emmerson Mnangagwa, respectivamente, assinaram um acordo tripartido visando a operacionalização do projecto integrado do Porto Tetchobanine.

Acredita-se que a viabilização do empreendimento, avaliado em cerca de 1,7 mil milhões de dólares norte-americanos, possa contribuir para o aumento da capacidade de manueseamento de carga entre os três países.

Para o efeito, está prevista a construção de um porto de 20 metros de águas profundas com uma extensão de 13 mil hectares e uma linha-férrea de 1200 quilómetrosligando Moçambique e o Botswana cruzando o Zimbabwe. 

Este projecto poderá contribuir para a melhoria da importação e exportação dos três países envolvidos, incluindo outros da região. 

Para além do compromisso assumido através da assinatura dos instrumentos jurídicos pelos chefes de Estado, os respectivos ministros dos Transportes dos três países rubricaram uma carta para o pedido de financiamento ao Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para materialização deste ambicioso empreendimento. 

De acordo com Filipe Nyusi, a materialização deste empreendimento é motivo de alegria, pois posiciona-se como motor de desenvolvimento dos três países. 

Apontou que o mesmo vai ajudar a maximizar a conectividade, facilitar a logística de carga, como combustível, e atrair investimentos para os países signatários.

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