Terça-feira, 3 Dezembro, 2024
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MEDICINA: Estudantes descobrem “lacunas” no tratamento de doenças

Por Jornal Notícias
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BELMIRO ADAMUGY

DEPOIS de dois meses de mentoria virtual, estudantes finalistas de medicina da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) fizeram, durante cinco dias, trabalhos de campo que consistiram em visitas de estudo a diversos centros de saúde e hospitais rurais na zona tampão do Parque Nacional da Gorongosa.

Acompanhados pelos mentores – cientistas e especialistas das universidades de Stanford e Pitersburg, dos Estados Unidos, entre outros médicos e investigadores internacionais – os estudantes desenvolveram soluções para alguns dos problemas que mais afligem os residentes das zonas circunvizinhas do parque.

Os estudos levados a cabo pelos cientistas nacionais versaram sobre as doenças mais comuns na região de forma particular, mas também um pouco por todo o país, como enfermidades gastro-intestinais, desnutrição crónica, malária e sarna.

Os estudos foram apresentados numa plenária que reunia pouco mais de 70 pessoas com interesses na área de investigação, tratamento de doenças tropicais, inovadores, entre outros.

A ocasião serviu igualmente para uma aproximação entre os estudantes de medicina, as autoridades sanitárias moçambicanas, e professores de outras latitudes.

Divididos em grupos de quatro estudantes e respectivos mentores, os estudantes moçambicanos sugeriram abordagens diferenciadas para três casos de estudo, nomeadamente sobre desnutrição crónica, dor pélvica crónica e hepatite.

Das visitas de estudo, constatou-se que algumas práticas tradicionais, a falta de informação sobre a prevenção e tratamento em caso de doença, pobreza e má gestão de recursos financeiros, aliados aos altos custos dos medicamentos nas farmácias, perfilam como agentes influenciadores nos números de doentes.

No que diz respeito à hepatite, por exemplo, nas diversas visitas aos centros de saúde e aglomerados populacionais constatou-se que há uma alta incidência desta enfermidade entre os jovens.

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