Política RECONTAGEM DE VOTOS: Sociedade civil defende reposição da competência dos tribunais Por Jornal Notícias Há 3 semanas Criado por Jornal Notícias Há 3 semanas 609 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 609 A APROVAÇÃO da revisão da lei eleitoral que retirou a competência dos tribunais judicias de distrito para ordenar a recontagem de votos em caso de irregularidades está a ser criticada pelas Organizações da Sociedade Civil (OSC). Segundo a sua opinião, o acto representa uma posição que não contribui para a transparência e credibilidade do processo eleitoral no país. O Consórcio Eleitoral Mais Integridade, que representa os organismos que trabalham no activismo sociopolítico, expressa que, da reflexão feita a respeito da viabilização desta norma, conclui-se que isto é um retrocesso e aniquila parte das conquistas jurídicas que Moçambique vinha tendo. Lembre-se que o pacote eleitoral foi aprovado na quinta-feira passada, último dia das actividades da Assembleia da República na presente legislatura, depois de devolvido pelo Chefe do Estado para ser reexaminado. Para o presidente desta organização, Edson Cortez, os tribunais são actores de extrema importância na gestão de contenciosos e ilícitos eleitorais por serem garante da imparcialidade, por isso considera pouco oportuna a retirada desta competência, o que vai aumentar a desconfiança política. “Ficámos surpresos com a decisão de retirar a competência dos tribunais judiciais de distrito para mandar recontar votos. Consideramos esta acção um retrocesso significativo para a justiça eleitoral em Moçambique, enfraquecendo a capacidade de assegurar a transparência e a equidade nas eleições e comprometendo os avanços democráticos conquistados”, sublinhou Cortez. Cortez disse ainda que, antes de viabilizar a alteração deste instrumento, a Assembleia da República devia analisar e tirar lições de todos os episódios que caracterizaram as eleições autárquicas realizadas no ano passado, para não reproduzir os erros cometidos e salvaguardar a justiça eleitoral. “Não entendemos esta acção, principalmente depois de tudo o que vivemos em 2023. Os órgãos eleitorais tiveram um comportamento muito questionável e o Conselho Constitucional não foi bem visto, era suposto que desta vez fossem criadas mais condições para que este escrutínio seja diferente”, destacou. O Mais Integridade defende ainda a necessidade de inclusão de diferentes actores nas esferas de discussão sobre os processos eleitorais e a sua legislação. Ao mesmo tempo, entende que é urgente a reposição da competência dos tribunais distritais como forma de prevenir novos fenómenos perturbadores da estabilidade. “É tempo dos vários actores interessados num processo eleitoral justo e íntegro unirem esforços para trabalharem na criação de um ambiente político democrático. Recomendamos também que seja resgatada a lei, sem o prejuízo das competências dos tribunais distritais”, disse. Leia mais… Você pode gostar também MDM elege candidato às presidenciais Renamo não gostou de ver Chapo recebido pelo PR português Renamo vai apostar em Ossufo Momade para as “presidenciais” Chefe do Estado promulga leis CNEDESTAQUESELEIÇÕESPOLÍTICARECONTAGEM DE VOTOS Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior EM SEIS PROVÍNCIAS: País regista melhorias na prevenção de doenças Próxima artigo FORMAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE PESQUISAS: SN e UniPúnguè assinam memorando de entendimento Artigos que também podes gostar PROJECTOS E PROGRAMAS EM ÁFRICA: China anuncia 50 mil milhões de dólares Há 2 dias EDITORIAL Há 2 dias CAMPANHA ELEITORAL: Rasaque Manhique reúne-se com jovens Há 3 dias ENTRE MOÇAMBIQUE E CHINA: Nyusi e Jinping destacam uma cooperação profícua Há 3 dias Chissano debate “O Contributo dos Acordos de Lusaka na Edificação do Estado... Há 4 dias PM na abertura da Conferência sobre os 50 anos dos Acordos de... Há 4 dias