CAMPOS DE PANDE E TEMANE: Nova plataforma monitora exportação de gás natural

UMA nova plataforma de monitoria da exportação de gás natural dos jazigos de Pande/Temane, em Inhambane, está em perspectiva, num investimento das autoridades moçambicanas para assistir “online” as vendas deste recurso feitas principalmente para a África do Sul. Segundo o presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Petróleo, Nazário Bangalane, actualmente, a monitoria é feita através de auditorias regulares e controlo dos equipamentos de medição.

Há dias, Bangalane visitou o centro de processamento de gás no âmbito do controlo do Contrato de Partilha de Produção aprovado pelo Governo sobre a exploração petrolífera da Sasol, em Pande/Temane. “Achamos melhor vir fazer a supervisão e acompanhamento das actividades no terreno. Obviamente, as nossas equipas técnicas fazem esse trabalho numa base diária. Estamos aqui para testemunhar o que vemos nos relatórios que recebemos”, disse.Assegurou que as operações decorrem normalmente e que a pretensão de reforçar os mecanismos de controlo é justificada pelo facto de esta indústria ser dinâmica.A Sasol já exportou 2.695 milhões de gigajoules de gás de um total de 3.047 milhões extraídos nos últimos 25 anos, tendo como destino a África do Sul, para além de alimentar centrais eléctricas em Gaza e Maputo.

Do total do gás produzido, 352 milhões de gigajoules foram consumidos no mercado nacional como produto comercial e também como “’royalties’ em espécie”. O executivo moçambicano entende que o início da exploração do gás de Pande/Temane foi das grandes realizações do país nos esforços para aproveitar o potencial energético, lançando as bases para o desenvolvimento do sector petrolífero, que culminou com a descoberta de reservas da bacia do Rovuma, estimadas em 180 triliões de pés cúbicos.Moçambique tem três projectos aprovados para a exploração de gás natural da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, na costa de Cabo Delgado.