“NÃO DEIXA ARDER ATÉ TARDE O FOGO”: Sarau multidisciplinar inspirado na poesia

O MAIS recente livro do poeta moçambicano Álvaro Taruma, “Criação do Fogo”, tornou-se a inspiração que deu origem a um sarau cultural multidisciplinar que entrelaça poesia, música e dança de forma singular.

A performance, intitulada “Não Deixa Arder Até Tarde o Fogo”, a ser apresentada amanhã no espaço Anima, na cidade de Maputo, promete levar o público a uma experiência imersiva e intensa.

O espectáculo conta com a participação dos artistas Mateus Nhamuche, Afifah Zualo e Filimão Francisco, que trazem à cena uma fusão única de palavra, presença física e som etno-electrónico do músico Fu da Siderurgia.

Este encontro artístico baseia-se na obra “Criação do Fogo”, um dos 60 livros semi-finalistas do Prémio Oceanos 2024, um dos mais prestigiados galardões da literatura lusófona.

A apresentação explora as narrativas que “casam” a beleza e a crueldade de maneira visceral e profunda. “A ideia é levar o livro aos leitores de uma outra forma que não seja apenas a leitura do texto, bem como integrar outras expressões artísticas para acompanharem os textos”, explicou Taruma, acrescentando que “o livro tem vários caminhos”.

Nelson Saúte, numa nota sobre a obra, destaca a complexidade e intensidade do texto de Taruma descrevendo-a como sendo “tremendamente bela, cortantemente bela, e lancinantemente bela”, o que reflecte a intensidade emocional e estética que o sarau busca transmitir.

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