Sábado, 12 Outubro, 2024
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COOPERAÇÃO CHINA-ÁFRICA: Xi defende modernização baseada na paz e segurança

Por Valdimiro Saquene
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VALDIMIRO SAQUENE, EM BEIJING

O PRESIDENTE chinês, Xi Jinping, defendeu ontem que o seu país e o continente africano devem promover uma modernização baseada na paz e segurança, que são pressupostos indispensáveis para criar um ambiente pacífico e estável para o desenvolvimento de ambas as partes. 

Xi defendeu esse posicionamento durante a abertura oficial da cimeira do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que decorre desde quarta-feira, em Beijing.  

O chefe de Estado chinês afirmou no seu discurso que o gigante asiático está disposto a ajudar África a melhorar a sua capacidade para salvaguardar a paz e estabilidade no continente, assim como no mundo. 

Segundo Xi, a modernização é um direito inalienável de todos os países, contudo, a abordagem do Ocidente em relação a esta matéria trouxe imenso sofrimento a países em desenvolvimento.

Referiu que um novo despertar da consciência está a ocorrer em África e o continente “está a marchar a passos sólidos rumo às metas da modernização definidas na Agenda 2063 da União Africana (UA)”.

“Juntos devemos promover uma modernização que seja justa e equitativa. Ao modernizar os nossos países, devemos não apenas seguir as leis gerais, mas também agir à luz das realidades nacionais”, defendeu.

Referiu que, nos próximos três anos, a Beijing trabalhará com África na implementação de medidas que vão ajudar a aprofundar a cooperação bilateral e alavancar a modernização do Sul Global.

Para o efeito, o chefe de Estado chinês anunciou que o seu executivo fornecerá apoio financeiro de 50 mil milhões de dólares norte-americanos ao continente africano.

Intervindo na qualidade de co-presidente do FOCAC, o chefe de Estado senegalês, Bassirou Faye, afirmou que as medidas apresentadas por Xi Jinping demonstram o interesse de elevar o patamar das relações de cooperação entre a China e África. 

Faye defendeu que o montante a ser disponibilizado aos países africanos deve ser investido no sector agrícola, para garantir auto-suficiência alimentar no continente, no apoio às empresas privadas, de modo a permitir a criação de emprego e bem-estar, assim como na digitalização e inovação, especialmente para as “startups”.

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