DestaquePolítica EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 5 dias Criado por Jornal Notícias Há 5 dias 303 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 303 O PAÍS comemora amanhã 50 anos da assinatura dos Acordos de Lusaka, entendimentos que determinaram o cessar-fogo entre a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e o Estado Português e a consequente transferência da soberania de Moçambique do governo colonial para os moçambicanos. Trata-se, portanto, de um marco importante para os moçambicanos e que remete a uma reflexão sobre a necessidade da preservação das conquistas das últimas cinco décadas. O país depara-se, actualmente, com desafios que, se mal geridos, podem minar o alcance do almejado desenvolvimento inclusivo para todos os cidadãos. Tais desafios incluem a defesa da pátria, interesse nacional e consolidação da unidade e coesão nacional. Estes são, aliás, os fundamentos básicos para a manutenção da paz e condição primordial para o bem-estar. Na verdade, questões como a exploração dos recursos naturais energéticos que têm vindo a ser descobertos no território nacional têm o condão de tanto poderem contribuir para impulsionar o desenvolvimento e o crescimento económico e social, como também para causar instabilidade e pôr em causa a segurança nacional. A julgar pelos desenvolvimentos que se vêm registando nos últimos 50 anos, tudo indica que os moçambicanos estão conscientes do que fazer, tendo o diálogo como base para a resolução dos diferendos. Na verdade, a importância do diálogo ficou provada, por exemplo, com a assinatura do Acordo Geral de Paz, entre o Governo e a Renamo, em Roma (Itália), em 1992, e do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional de Maputo, em 2019. Outros desafios com os quais os moçambicanos se confrontam incluem o terrorismo e as ameaças não tradicionais à paz e segurança, como pandemias e alterações climáticas, sobretudo, num contexto em que o país está cada vez mais vulnerável aos riscos relacionados com fenómenos naturais extremos, incluindo secas, inundações e ciclones. Deste modo, sendo verdade que o país deve continuar a apostar no investimento das Forças Armadas para defender a soberania, é também fundamental que toda a sociedade moçambicana continue focada e apostada na promoção do diálogo permanente, como forma de garantir que prevaleça a paz, reconciliação, coesão e unidade nacional. Vale aqui também lembrar que persistem desafios decorrentes do processo de reinserção e reintegração social dos ex-combatentes, pois esta é uma das condições para uma efectiva reconciliação nacional. E porque o lema deste ano é “Combatente, 50 Anos de Liberdade Inspirando Gerações”, é expectável que a juventude assuma o legado dos combatentes pela liberdade e autodeterminação de Moçambique e faça a sua parte, contribuindo nos esforços tendentes à preservação da paz e promoção do desenvolvimento, assegurando a construção de um Moçambique cada vez mais próspero. A par do espírito de diálogo permanente, a história de Moçambique é, igualmente, escrita de factos e narrativas que engrandecem a resiliência e a coragem. Estes são alguns desafios com que Moçambique se debate hoje e para os quais todos são chamados a contribuir como forma de honrar aos que lutaram pela autodeterminação deste povo. Foto: J.Capela Você pode gostar também Aprovada Lei de Levantamentos e Cinematografia Aérea para fins Civis HIDROELÉCTRICA DE CAHORA BASSA: Revisão da tarifa eleva receitas em 49 por cento CNE vai desembolsar 260 milhões de meticais PR elogia população de Machanga pela conservação das zonas de mangal Editorial Jornal Noticias Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Abdula “namora” moto-taxistas em Namicopo Próxima artigo PROJECTOS E PROGRAMAS EM ÁFRICA: China anuncia 50 mil milhões de dólares Artigos que também podes gostar “MAMBAS” BATEM “DJURTUS” E ASSUMEM LIDERANÇA Há 6 horas Observadores da União Europeia reforçam transparência eleitoral Há 6 horas EMPATE AO INTERVALO NO ZIMPETO Há 6 horas “DJURTUS” EMPATAM Há 7 horas GUIMA MARCA Há 7 horas União Europeia envia 150 observadores Há 11 horas