Grande Maputo NGOLHOZA: Relatos de um bairro onde o básico é “luxo” Por Jornal Notícias Há 4 semanas Criado por Jornal Notícias Há 4 semanas 597 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 597 LEOVIGILDO DA CRUZ ISOLADOS na “ilha da escuridão” é como os residentes do bairro Ngolhoza, no município da Matola, descrevem as condições em que vivem. O sentimento tem a ver com as dificuldades que enfrentam diariamente, principalmente causadas pela falta de energia eléctrica. É uma zona com elevado potencial que nos próximos tempos deverá entrar na rota do desenvolvimento com a implantação do terminal rodoviário inter-provincial, cujas obras de construção foram lançadas recentemente pelo Executivo Provincial. Enquanto o progresso não chega, a população queixa-se da falta de quase tudo. Para minimizar a falta de energia, uns recorrem a painéis solares e geradores, enquanto outros contribuem para comprar postes e cabos, por forma a acelerar o processo de electrificação levado a cabo pela Electricidade de Moçambique (EDM). FOTO 1- Sem corrente eléctrica, moradores recorre ao uso de painéis solaresA falta de corrente eléctrica tem igualmente impacto na actividade económica, pois os comerciantes recorrem a meios alternativos como gás para conservar os produtos, facto que encarece os bens essenciais, reduzindo o já baixo poder de compra da população. Além disso, tal cenário propicia o recrudescimento da criminalidade, porque as ruas e terrenos baldios são pontos de eleição dos malfeitores que se aproveitam da escuridão para assaltar, agredir física e sexualmente os transeuntes, agravando a sensação de vulnerabilidade. A morosidade na expansão da rede eléctrica e a falta de infra-estruturas sociais básicas como hospitais, escolas, postos policiais são apontados como factores para o fraco desenvolvimento socioeconómico local. Outrossim, a precariedade das vias de acesso e a carência de transporte público também são apontados como desafios, porque os munícipes são obrigados a percorrer longas distâncias para aceder a estes serviços ou recorrer a carrinha de caixa aberta, vulgo “my love”. FOTO 2- Da precariedade das vias à falta de energia Apesar das dificuldades, os mais de oito mil agregados familiares mantêm a esperança de verem as suas condições de vida melhoradas. Para que tal aconteça, pedem maior investimento local bem como a rápida intervenção das autoridades governamentais. Você pode gostar também HCM conta com unidade de tratamento de doenças da mama Mais de duas mil pessoas continuam nos centros de acolhimento Mulher grávida morta por elefantes na Moamba Município equaciona construções verticais no Chamanculo “C NgolhozaREPORTAGEM Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Moçambique e Vietname rubricam instrumentos jurídicos Próxima artigo Apreendido avião com droga no aeroporto de Bissau Artigos que também podes gostar AVENIDA MARGINAL: Retoma ensaio da terceira faixa Há 22 horas Detido por falsificar dinheiro Há 23 horas ENTRE MATOLA E WUHAN: Parceria viabiliza projectos sociais Há 4 dias SAÚDE: Diagnóstico tardio deixa marcas indeléveis Há 6 dias HOSPITAL CENTRAL DE MAPUTO: Aumentam casos de cancro pediátrico Há 1 semana Arte revitaliza cidade de Maputo Há 1 semana