Sexta-feira, 11 Outubro, 2024
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Opositor venezuelano exila-se em Espanha

Por Jornal Notícias
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O POLÍTICO venezuelano, Edmundo González Urrutia, que a oposição diz ter vencido as presidenciais de 28 de Julho, deixou na noite de sábado a Venezuela em direcção à Espanha, anunciou a vice-presidente do país, Delcy Rodríguez.

“(…) deixou o país o cidadão opositor Edmundo González Urrutia, que tendo-se refugiado voluntariamente na Embaixada do Reino de Espanha em Caracas, desde há vários dias, solicitou perante este governo a tramitação de asilo político”, anunciou Rodríguez na rede social Instagram.

A responsável explicou que, “após os contactos pertinentes entre ambos os governos, cumpridas as diligências necessárias e em conformidade com o Direito internacional, a Venezuela concedeu os salvo-condutos necessários, no interesse da paz e da tranquilidade política do país”.

“Esta conduta reafirma o respeito pelo Direito que tem prevalecido nas acções da República Bolivariana da Venezuela perante a comunidade internacional”, sublinhou.

Entretanto, numa mensagem divulgada na rede social X (antigo Twitter), o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, confirmou a viagem para Espanha.

“Edmundo González, a seu pedido, viaja para Espanha num avião da Força Aérea Espanhola. O Governo de Espanha está comprometido com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos”, lê-se na mensagem de José Manuel Albares.

Antigo embaixador da Venezuela na Argentina e na Argélia, Edmundo González Urrutia, 75 anos, aceitou ser candidato nas presidenciais de 28 de Julho de 2024, em substituição da líder opositora María Corina Machado, desqualificada pelas autoridades e impossibilitada de exercer cargos públicos durante 15 anos.

A 3 de Setembro, um tribunal venezuelano especializado em crimes relacionados com terrorismo emitiu um mandado de prisão para González Urrutia. O político devia prestar declarações no âmbito de uma investigação relacionada com a publicação na Internet em que a principal coligação da oposição – Plataforma Unitária Democrática (PUD) – afirma ter carregado “83,5 por cento das actas eleitorais” recolhidas por testemunhas e membros das mesas de voto.

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