Recolhido às celas por suposta violação

A. MAPUCA, de 39 anos, está detido indiciado de violar sexualmente uma menor de 14 anos, amiga da filha do acusado, na área residencial de Chamba. O indivíduo refuta a acusação e qualifica a como “infundada”.

Afirma que a mãe da menor usa a filha para ganhar dinheiro com falsas acusações. “Eu não fiz nada àquela criança. Ela vinha brincar com a minha filha. Este é o truque que a mãe usa, dado que eu sou o terceiro homem a ser acusado de violar esta criança”, explicou.

Por sua vez, a vítima conta que o vizinho aproveitou-se da ausência dos familiares para cometer o crime e ameaçá-la de represálias caso conte o sucedido.

“Eu frequentava a casa para brincar com a minha amiga. Ele tapou-me a boca e violou-me”, contou.

A frequência de casos similares preocupa as autoridades policiais.  Segundo o porta-voz do comando provincial da PRM em Sofala, Dércio Chacate, é preciso que se faça um trabalho árduo para que haja mudanças de comportamento nas famílias, principalmente naquela zona residencial, onde se registam os casos com maior incidência.

“Temos registado de forma recorrente casos de violência sexual com incidência para menores de idade neste ponto. Nas últimas semanas tivemos cinco”, disse Chacate.

Outro aspecto preocupante é a proximidade entre as vítimas e os supostos predadores sexuais, o que dificulta qualquer outro modelo de protecção, por estes terem um espaço privilegiado junto delas.

Perante este e outros casos similares, Chacate apela às famílias a prestarem mais atenção no comportamento das filhas e a denunciarem qualquer acção suspeita.

“Infelizmente,  há uma certa lentidão na reacção dos familiares quando acontecem estas coisas. Deve ser por isso que os números não param de subir. Há necessidade de um trabalho colectivo, em todas esferas sociais, para que não haja mais casos de género”, disse Chacate.

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