InternacionalOpinião & Análise MÉDIO ORIENTE: Hezbollah que Israel combate no Líbano Por Jornal Notícias Há 1 semana Criado por Jornal Notícias Há 1 semana 659 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 659 REDACÇÃO INTERNACIONAL, AGÊNCIA LUSA APÓS quase um ano de intenso e frequente fogo cruzado, Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah estão agora envolvidos em confrontos ferozes que ameaçam se transformar numa guerra total. Israel encara um inimigo muito mais robusto no Hezbollah do que aquele que enfrenta no Hamas, na Faixa de Gaza. Muitos consideram o grupo apoiado pelo Irão a força paramilitar mais forte da região – mas o mesmotem também alas políticas e sociais com um poder considerável no Líbano. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, alertou Israel que o grupo xiita pró-iraniano tem novas armas e capacidades e publicou imagens de “drones” de vigilância tiradas nas profundezas do mar do norte de Israel que mostraram o porto de Haifa e outros locais distantes da fronteira Líbano-Israel. Nos últimos dias atingiu Israel mais profundamente do que em qualquer altura dos 11 meses de hostilidades, coincidentes com o início da guerra em Gaza, entre Israel e o Hamas. O QUE É O HEZBOLLAH? Fundado em 1982, durante a guerra civil do Líbano, o Hezbollah dedicou-se inicialmente a pôr fim à ocupação israelita do sul do Líbano. Conseguiu-o em 2000, após uma longa guerra de desgaste que acabou por obrigar Telavive a se retirar, mas prosseguiu a sua batalha e procura rumo à destruição do estado judaico. Faz parte de um conjunto de facções e governos apoiados pelo Irão, conhecido como Eixo da Resistência. Foi o primeiro grupo que o Teerão apoiou e utilizou como forma de exportar a sua marca de islamismo político. Para além de ser um grupo armado, é também um partido político com deputados no parlamento libanês e tem representantes na maioria dos governos libaneses há décadas. Presta também extensos serviços sociais, incluindo a gestão de escolas e clínicas de saúde, no sul e noutras partes do país, onde tem uma forte presença. Nos seus primeiros tempos, o grupo atacou os interesses dos Estados Unidos da América (EUA), fazendo com que Washington o designasse como uma organização terrorista. Estes ataques incluíram a tomada de reféns norte-americanos em Beirute e um ataque com um camião-bomba em 1983, contra um quartel do Corpo de Fuzileiros Navais na capital libanesa, que matou 241 militares norte-americanos. “O apoio de Teerão ajudou o Hezbollah a consolidar a sua posição como o actor político mais poderoso do Líbano, bem como o actor militar mais bem equipado apoiado pelo Irão em todo o Médio Oriente”, disse Lina Khatib, directora do Instituto SOAS do Médio Oriente, em Londres, citada pela agência norte-americana Associated Press (AP). Em 2006, combatentes do Hezbollah emboscaram uma patrulha israelita e fizeram dois soldados reféns num ataque transfronteiriço. Isto desencadeou uma guerra de um mês com Israel, que terminou sem vencedores ou derrotados, mas os bombardeamentos israelitas causaram uma destruição generalizada no sul do Líbano. O objectivo sionista era eliminar o grupo libanês, mas este saiu mais forte e tornou-se numa potência militar e política chave na fronteira norte de Israel. Os opositores nacionais criticaram-nopor manter o seu arsenal e passar a dominar o governo. A reputação deste grupo também sofreu quando tomou brevemente uma secção de Beirute em Maio de 2008, depois de o governo libanês ter tomado medidas contra a sua rede privada de telecomunicações. CAPACIDADES MILITARES O Hezbollah é a força paramilitar mais significativa do mundo árabe, com uma estrutura organizacional robusta, bem como um arsenal considerável. Alega ter cerca de 100 mil combatentes. As suas capacidades militares têm aumentado ao longo dos anos e desempenhado um papel fundamental na guerra civil síria, ajudando a manter o presidente Bashar al-Assad no poder naquele país. Ajudou também a treinar milícias na Síria e no Iraque, bem como os rebeldes Huthis do Iémen. Israel estima que tenha cerca de 150 mil “rockets” e mísseis, incluindo mísseis teleguiados e projécteis de longo alcance, capazes de atingir qualquer ponto do seu território. Ao longo do seu último conflito com Israel, introduziu gradualmente novas armas no seu arsenal. Embora tenha inicialmente começado a lançar mísseis e foguetes anti-tanque, usou pela primeira vez “drones” explosivos e mísseis terra-ar. O líder do movimento disse que os “drones” são fabricados localmente e têm muitos à sua disposição. QUEM É HASSAN NASRALLAH? Nascido em 1960, numa família xiita pobre, no subúrbio de Bourj Hammoud, em Beirute, e mais tarde deslocado para o sul do Líbano, Nasrallah estudou teologia e juntou-se ao movimento Amal, uma organização política e paramilitar xiita, antes de se tornar num dos fundadores do Hezbollah. Tornou-se líder do grupo em 1992, depois de o seu antecessor ter sido morto num ataque israelita. Idolatrado por muitos, por presidir aretirada de Israel do sul e liderar a guerra de 2006, a sua imagem aparece em cartazes e em ofertas em lojas de recordações no Líbano, na Síria e noutros países do mundo árabe. Mas também enfrenta oposição entre os libaneses, que o acusam de ligar o destino do seu país ao Irão. Nasrallah é também considerado pragmático, capaz de fazer compromissos políticos. Viveu escondido durante anos, temendo o assassinato israelita, e faz os seus discursos em locais não revelados. 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