PREPARAÇÃO DA ÉPOCA CHUVOSA: INGD já está a elaborar plano de contingência

O Instituto Nacional de Gestão e Redução de Riscos de Desastres (INGD) está a elaborar um plano de contingência para responder a eventuais situações de ocorrência de inundações na época chuvosa 2024-2025.
Actualmente, os planos estão a ser concebidos nos distritos para depois serem submetidos às províncias e, mais tarde, harmonizados centralmente.

Após a harmonização, o documento será submetido ao conselho técnico, antes de ser entregue para apreciação e aprovação pelo Conselho de Ministros.
Para a época chuvosa e ciclónica 2024-2025, espera-se que pelo menos 3,5 milhões de pessoas venham a ser afectados por eventos climáticos extremos, sendo que deste universo cerca de 300 mil necessitarão de assistência.
A Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos refere que cerca de 400 mil hectares de culturas poderão ser afectados em todas as áreas com potencial agrícola.

O “Notícias” soube, ainda, que se prevê que perto de 400 mil escolas estão em risco, o mesmo acontecendo com 500 unidades sanitárias.
As barragens dos países a montante, sobretudo África do Sul e Eswatini, com os quais Moçambique partilha as bacias de Maputo, Umbeluzi, Incomati e Limpopo, estão com níveis de armazenamento alto e poderão fazer descargas, com potencial de provocar cheias a jusante.

A partir da segunda metade deste mês, a barragem de Pongula, na África do Sul, vai começar a fazer descargas na ordem de 400 metros cúbicos por segundo na bacia de Maputo, no âmbito da cooperação internacional.

Enquanto isso, na bacia de Umbeluzi, a barragem dos Pequenos Libombos está com 92 por cento de armazenamento, decorrendo actualmente descargas na ordem de 10 metros cúbicos por segundo, para criar alguma capacidade de encaixe.
Assim, há riscos altos de inundações nas cidades de Maputo, Matola, Beira e Quelimane, razão pela qual as autoridades estão a criar condições de abrigo temporário e a limpar valas de drenagem.