Ciência, Tecnologia e Ambiente VOLVIDOS CINCO ANOS: Marcas de ciclone ainda patentes em Sofala Por Jornal Notícias Há 6 meses Criado por Jornal Notícias Há 6 meses 482 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 482 PILATOS PIRES O CICLONE tropical Idai, ocorrido em 2019, deixou marcas profundas, com um saldo de mais de 600 mortes, 1,641 feridos e acima de um milhão de pessoas precisando de serviços de saúde, nas províncias de Sofala, Manica, Tete e Zambézia. A tempestade causou igualmente danos significativos nas infra-estruturas públicas, privadas e na agricultura, onde afectou 103.285 produtores e 164.883 hectares de culturas, em diferentes empresas, principalmente nas micro. Volvidos cinco anos, a província de Sofala, concretamente o bairro de reassentamento de Mandruzi, é o espelho deste evento climático extremo, que se abateu sobre a sua população, com a passagem de um furacão e ocorrência de chuvas acima do normal, tal como relatam as vítimas ouvidas pela Reportagem do “Notícias”. Alberto Francisco, chefe do quarteirão 17, em Mandruzi, afirma que são várias as vítimas do ciclone Idai que ainda vivem traumas por conta da tempestade e rogam a Deus para que apague, em definitivo, das suas memórias os acontecimentos do dia 14 de Março de 2019. “Não sei que pecado teríamos cometido para sermos castigados daquela forma. Em toda minha vida nunca tinha visto ventos e chuvas daquela intensidade. Perdemos tudo, mas mais do que perdas, duro foi ver meus vizinhos e amigos a morrerem. Lembro-me destas imagens horríveis como se fosse ontem”, disse Francisco. Salientou que o 14 de Março de 2019 é considerado, por todos os habitantes do seu bairro, como um dia negro, que nunca devia ter existido em suas vidas. Maria Chaves, antiga moradora do bairro Macuti, na cidade da Beira, afirma que, depois do que viveu no dia do ciclone, na sua antiga moradia, onde perdeu diversos bens e um irmão, nunca mais equaciona regressar, pois ganhou consciência de que efectivamente trata-se de uma zona de risco, facto agravado por estar localizado à beira-mar. “ Nem o tempo é capaz de apagar os fatídicos momentos que vivi naquela madrugada. Lembro-me dos gritos de pessoas feridas, outras mães com suas crianças mortas nos braços e a população correndo de um lado para o outro sem saber que rumo tomar. Por isso, mesmo com as condições melhoradas que a cidade oferece, não penso mais em voltar ao meu antigo bairro”, assegurou Chaves. A residente disse, igualmente, não entender como é que ela, o marido e seus filhos conseguiram sobreviver no meio daquela tempestade que destruiu quase todas as casas nas redondezas e tirou a vida de muita gente, incluindo alguns parentes. “Escapamos miraculosamente. Acredito que a hora da nossa morte não tinha chegado e com a sobrevivência sentimo-nos como se tivéssemos nascido de novo. Confesso que até hoje tem sido difícil lembrar aquele dia e sempre que há chuvas intensas, os meus filhos ficam com lembranças que levam desde a fatídica madrugada”, recorda-se. Leia mais… Você pode gostar também FORMAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE PESQUISAS: SN e UniPúnguè assinam memorando de entendimento Técnicos médios agrários recebem certificados UEM gradua 881 estudantes Centro de Mwadjahane digitalizado com tecnologia de última geração CICLONE IDAINACIONAL Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior AMVIRO contra vandalização de viaturas Próxima artigo Nyusi na Cimeira Extraordinária da SADC em Harare Artigos que também podes gostar CPLP apoia candidatura do Parque de Maputo a património mundial da UNESCO Há 3 dias Cinco mil talentos serão formados em TIC Há 3 dias PR exonera vice-reitor da Universidade Púnguè Há 5 dias Professores do secundário treinados em astronomia Há 6 dias NO SUL: Taxas de HIV permanecem elevadas em gestantes Há 1 semana Wikipedia vai apostar em IA Há 1 semana