DestaqueEditorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 2 meses Criado por Jornal Notícias Há 2 meses 315 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 315 O ENCONTRO realizado, esta semana, entre o Chefe do Estado, Filipe Nyusi, e três dos quatro candidatos presidenciais, é um ponto de partida na busca de soluções pacíficas para a superação da crise pós-eleitoral que ameaça dilacerar a já frágil economia de Moçambique e também das famílias, muitas das quais dependem de pequenos negócios para colocarem o pão na mesa. Estiveram presentes no encontro, para além do Chefe do Estado, os candidatos Daniel Chapo (Frelimo), Ossufo Momade (Renamo) e Lutero Simango (MDM). Venâncio Mondlane, suportado pelo Podemos, não esteve na reunião por razões não apresentadas naquele fórum. Aliás, a ausência de Venâncio Mondlane fez com que o encontro não prosseguisse, com dois candidatos presidenciais a argumentaram que ele é a peça-chave do diálogo que se pretende, por ser o mentor das manifestações que têm lugar no país, há algumas semanas. Mas, seja como for, entendemos que era preciso começar de algum ponto. Neste contexto, é de acolher o gesto do Presidente da República de enveredar pelo diálogo num contexto de manifestações que muitas vezes culminam com a destruição de bens e bloqueio de vias à circulação, com o risco de desembocar na escassez e subida de preços dos bens essenciais. Tratando-se do primeiro contacto formal entre as partes, não era de se esperar grandes debates à volta do tema controvertido, até porque, como explicou o Chefe do Estado, a ideia era através desta reunião definirem-se pontos concretos de agenda e respectiva cronologia de debate o mais rápido possível, porque diariamente o nível de violência e a intolerância política vão subindo de tom. Longe de pretender avançar para teorias de conspiração, o facto é que tal como acontece em qualquer negociação, no caso vertente, os participantes devem saber gerir as suas expectativas, cientes de que nem tudo o que levam à mesa de debate será alcançado. Por outras palavras, embora as manifestações sejam baseadas numa alegada fraude eleitoral, algo que deve estar acima de tudo é a necessidade de estabilização e paz duradouras em Moçambique. Quer dizer, os interesses politico-partidários não devem prevalecer sobre o interesse nacional. Para nós, a necessidade do diálogo é tão premente numa altura em que os juízes do Conselho Constitucional queixam-se de estarem a ser alvos de ameaças de morte através de mensagens anónimas, algumas delas publicadas nas redes sociais, o que os pode desviar do foco temendo pela vida e integridade física. Ainda bem que a instituição veio dar garantias de estar a decidir com a responsabilidade que se espera dela, ou seja, com base na lei e nas provas reunidas, sem dar espaço a qualquer tipo de chantagem. Concluindo, o Presidente da República deu o primeiro sinal, que pode ser uma oportunidade para que os interessados alinhem as suas preocupações, criando as bases para que o próximo Chefe do Estado encontre uma situação minimamente estável para prosseguir com o diálogo conducente à estabilização e prosperidade do país. Para isso demanda clareza do que todas as partes pretendem debater. Leia mais… Você pode gostar também PR credencia oito embaixadores Fraco movimento em Ressano Garcia PR lança construção de ponte-cais em KaNyaka EDITORIAL DESTAQUESEDITORIALEleições 2024 Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Máquinas agrícolas na vanguarda da participação da Tailândia na FACIM 59 Próxima artigo Maputo e Matola ainda a meio gás Artigos que também podes gostar TRANSPORTE DE ELECTRICIDADE: Termina fase de construção da linha Maputo-Temane Há 8 horas Manifestantes bloqueiam linha-férrea do Limpopo Há 9 horas Reduz número de camiões nos corredores nacionais Há 9 horas Chapo promete apoio às indústrias culturais Há 21 horas Presidente da República lamenta morte do príncipe Aga Khan Há 1 dia Fábrica de cimento do Niassa com fraco impacto no preço Há 1 dia