DestaqueEditorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 5 meses Criado por Jornal Notícias Há 5 meses 447 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 447 A SEMANA está a ser marcada por um intenso movimento popular que, de forma violenta, contesta nas ruas os resultados das eleições de 9 de Outubro. Como se disse em ocasiões anteriores, a manifestação é um direito que assiste a qualquer cidadão, desde que ocorra dentro dos parâmetros estabelecidos por lei. Lamentavelmente, este não é o caso. Do balanço preliminar divulgado pelo Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), só na quarta-feira pelo menos cinco pessoas morreram e tantas outras ficaram feridas, de entre graves e ligeiros, para além da destruição de importantes infra-estruturas, o que atrasa ainda mais o desenvolvimento. A isto se junta a queda vertiginosa na arrecadação de receitas, o que poderá afectar o pagamento de salários na Função Pública, numa altura em que se aproximam as festas do Natal e do Fim-do-Ano. Entendemos que isto não pode continuar assim. Alguém tem de pôr travão a esta anarquia, que tende a ganhar contornos cada vez mais preocupantes, para o desespero de todo o cidadão de bom senso. Temos conhecimento sobre várias iniciativas da sociedade civil tendentes à promoção do diálogo com vista a serenar os ânimos e auguramos maior celeridade nessa investida, até porque há vidas humanas em risco. Curvamo-nos também à diplomacia do Chefe do Estado, que tem vindo a promover encontros – uns públicos e outros não – com diferentes segmentos da sociedade na tentativa de aproximar posições divergentes, visando o enterrar do machado de guerra. Desejamos, pois, que todas as iniciativas nesse sentido sejam consolidadas e até coroadas de êxito, até porque não encontramos razões para que interesses políticos se sobreponham aos da nação. Nada justifica as mortes e destruição da Pátria Amada. Somos defensores de diálogo sério e profundo, despido de preconceitos e condicionalismos, que nos conduza ao fim da violência, rumo à paz e reconciliação entre moçambicanos. É escusado recordar que não há quem nos ensine os caminhos da busca da paz, a julgar pelas experiências acumuladas durante vários anos que, inclusive, são partilhadas com vários países da região, do continente e do mundo inteiro. Capitalizemos este saber para que a paz e reconciliação nacional prevaleçam. Intensifiquemos o diálogo, identifiquemos os pontos de discórdia, procuremos em conjunto as soluções e entendamo-nos sem haver vencidos nem vencedores. Associamo-nos aos apelos para que jovens, adolescentes e crianças deixem de se instrumentalizar e abracem o caminho do bem; que todos estejamos vigilantes, denunciando os atentados contra a paz, harmonia social, segurança e tranquilidade públicas. Vale a pena relembrar que este país precisa do esforço e contribuição de cada um de nós e que destruir o pouco que construímos com sacrifício prejudica a nós mesmos e não a outros… Porque durante as manifestações o país perde alguns compatriotas, solidarizamo-nos com as vítimas, augurando que as famílias se reconstituam o mais rapidamente possível e se juntem à luta em busca de melhores soluções para esta crise pós-eleitoral. Leia mais… Você pode gostar também Redução de financiamento pode retroceder combate a doenças Renamo vai apostar em Ossufo Momade para as “presidenciais” Optimismo e tranquilidade na celebração do ano novo Detidos 296 indivíduos por corrupção em 1.378 processos abertos EDITORIALMANIFESTAÇÕES PÓS-ELEITORAIS Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Um morto em acidente na “Circular” Próxima artigo Fraca expansão da internet retarda inclusão digital Artigos que também podes gostar Aprovados instrumentos para o avanço do Diálogo Político Há 14 horas Daniel Chapo dirige Diálogo Político Nacional Há 20 horas Dia do Jazz marcado por diversos eventos em Maputo Há 22 horas Lançada primeira pedra das obras de extensão do terminal de contentores Há 23 horas Altos funcionário da LAM com processos na PGR Há 24 horas PGR: Esclarecimento da morte de Elvino Dias e Paulo Guambe exige tempo Há 1 dia