Candidato da oposição vence eleições no Gana

O CANDIDATO da oposição, John Mahama, declarou-se vencedor das eleições presidenciais no sábado, do Gana, depois de o concorrente do partido no poder, o vice-Presidente Mahamudu Bawumia, ter admitido a derrota no escrutínio.

Numa conferência de imprensa a partir da sua residência, Bawumia disse que tinha telefonado ao seu adversário para o felicitar, acrescentando que o Congresso Nacional Democrático (NDC) de Mahama também ganhou as eleições parlamentares.

“O NDC também ganhou as eleições parlamentares. Apesar de estarmos a aguardar o apuramento final de um certo número de lugares, creio que, em última análise, estes não irão alterar o resultado”, afirmou, citado pela Reuters, ressaltando que aceitou a derrota antes do anúncio dos resultados oficiais para aliviar as tensões.

“É importante que a comunidade mundial de investidores continue a acreditar no carácter pacífico e democrático do Gana”, disse, acrescentando que “o povo votou pela mudança nesta altura e nós respeitamos essa decisão com toda a humildade”.

Mais de 18 milhões de eleitores foram chamados, no sábado, às urnas  para eleger o novo Presidente e Parlamento do Gana, num contexto de desafios económicos significativos para o país.

Para este escrutínio tinham sido aprovados 13 candidatos às eleições presidenciais, incluindo os dois grandes favoritos, que são o vice-Presidente do país, Mahamudu Bawumia, e o ex-Presidente John Dramani Mahama (2012-2017).

Nove candidatos concorriam por partidos políticos e quatro como independentes, num conjunto em que apenas constavam duas mulheres.

O actual chefe de Estado do Gana, Nana Akufo-Addo, abandona o cargo depois de ter cumprido os dois mandatos permitidos pela Constituição.

As eleições realizaram-se numa altura em que os ganenses se debatem com uma crise de custo de vida, provocada pelo aumento da inflação e instabilidade económica.

Mahama, 66 anos, prometeu “reiniciar” o Gana, renegociar partes do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e introduzir uma economia “24 horas” para criar empregos, uma grande preocupação para muitos eleitores jovens.

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