Ciclone Chido atinge país a partir de domingo

Prevê-SE que o ciclone tropical Chido, que vai atingir a costa moçambicana a partir de domingo, afecte pelo menos dois milhões de pessoas, dos quais 200 mil necessitarão de assistência, nas províncias de Cabo Delgado e Nampula.

A informação foi partilhada ontem, em Maputo, durante o Conselho Técnico de Gestão de Risco de Desastres, fórum que integra o Instituto Nacional de Gestão e Redução de Risco de Desastres (INGD), Instituto Nacional de Meteorologia e a Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos (DGRH).

Segundo Agostinho Vilanculos, chefe do Departamento de Gestão de Recursos Hídricos no DGRH, o ciclone será caracterizado por chuvas intensas, podendo resultar em inundações urbanas, o que afectará também as vias de acesso.

Para além das consequências negativas, a precipitação será importante para elevar o nível de água nas barragens.

Acácio Tembe, meteorologista, referiu que se está perante um ciclone tropical moderado, com tendência para ser intenso. Prevê-se que, até as primeiras horas de domingo, o ciclone atinja o Canal de Moçambique.

As projecções indicam que o sistema poderá entrar em Moçambique através das províncias de Cabo Delgado ou Nampula com ventos de cerca de 200 quilómetros por hora e rajadas de 250 quilómetros por hora.

Precisou que actualmente as águas do mar são quentes, cerca de 29 graus, pelo que há condições para que o sistema se desenvolva e entre no país.

Acácio Tembe afirmou, igualmente, que Zambézia, Tete e Niassa não estão excluídos, mas o foco está em Cabo Delgado e Nampula, prováveis portas de entrada, onde haverá muita precipitação.

Entretanto, Ana Cristina, directora do Centro Nacional Operativo de Emergência, garantiu que a instituição está em prontidão para atender a prováveis vítimas do fenómeno natural.

Actualmente, o INGD está a intensificar a divulgação de informação, mobilização de abrigo, meios de salvamento e evacuação, para além do provimento de alimentos para a população.

Leia mais…