DestaqueEditorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 5 meses Criado por Jornal Notícias Há 5 meses 414 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 414 A VIOLÊNCIA pós-eleitoral que tende a agudizar-se em vários pontos do país, de há um mês a esta parte, leva o cidadão ao desespero, não sabendo o que lhe vai acontecer no dia seguinte quer em termos de integridade física ou vida, quer em relação ao seu património. Entretanto, a avaliar pelas intervenções do Chefe do Estado, parece haver uma luz no fundo do túnel para resolver a contenda que, para além de matar pessoas, incluindo agentes da Polícia, causa a destruição do tecido económico. Na verdade, nas três regiões do país, com epicentro na cidade e província de Maputo, assiste-se, impunemente, a actos atrozes como assassinatos, assaltos a unidades policiais e roubo de armas, saques a estabelecimentos comerciais, bloqueios de estradas ou coacção do cidadão para se “identificar” com determinada ideologia política. Constitui circunstância agravante o facto de tais condutas serem presenciadas por crianças, o que prejudicará a formação da sua personalidade. Sendo consensual que as manifestações pacíficas são uma das armas que o cidadão tem para demonstrar o seu desalento face às políticas públicas, admitamos, esta não é a forma acertada para exteriorizar tal descontentamento, sobretudo quando o exercício deste direito constitucional interfere na fruição de outros. Dizemos isto porque há muita gente que fica impedida de aceder à assistência médica ou de proporcionar aos seus entes queridos um funeral condigno porque as estradas estão fechadas. Temos também situações de nubentes que se vêem obrigados a celebrar, às 5h30 da manhã, o casamento que muito tempo levaram a preparar ou dos crentes que não realizaram o culto dominical… Entendemos que o Estado tem a responsabilidade de assegurar que o exercício do direito à manifestação aconteça num ambiente de segurança e tranquilidade. Assim, nada justifica que quem se manifesta opte por incentivar a vandalização e pilhagem. Reconhecemos que a actuação da Polícia deve ser ponderada, assegurando um equilíbrio no sentido de evitar excessos, mas sem ser permissivo de mais sob pena de tirar autoridade ao Estado. O impacto da violência irá, seguramente, empurrar mais moçambicanos para o desemprego e pobreza. Não nos vamos referir às consequências da destruição de infra-estruturas; privação dos estudantes de realizarem exames finais; enfermeiros e médicos impedidos de assistirem aos pacientes; ou doentes crónicos que não podem aceder aos medicamentos. O sector privado, por exemplo, estima um impacto negativo da paralisação de actividades em sectores altamente dependentes do fluxo diário de clientes e funcionários como comércio e serviços de reparação, transporte, hotéis, restaurantes, banca e outros serviços financeiros. Outrossim, o Plano Económico e Social de 2024 previa um crescimento do Produto Interno Bruto de 5,5 por cento, todavia, a julgar pelas perdas de receita fiscal e fraca produtividade da economia, tal meta está fora do alcance. Ademais, habitualmente o terceiro trimestre é mais intenso em termos de crescimento, impulsionado por factores sazonais como colheita agrícola e o aumento da actividade industrial. Assim, os moçambicanos, incluindo actores políticos, têm a responsabilidade de promover a paz e concórdia entre compatriotas. Leia mais… Você pode gostar também ILHA DE MOÇAMBIQUE: Relatos de sobreviventes do naufrágio PR em visita de trabalho na África do Sul ANO LECTIVO DE 2024: Livro disponível antes do arranque das aulas Intenções de investimentos crescem em 40 por cento EDITORIAL Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Ciclone Chido ameaça Cabo Delgado e Nampula Próxima artigo Ciclone Chido atinge país a partir de domingo Artigos que também podes gostar OTM: Salário mínimo está longe de cobrir cesta básica Há 12 horas Comunicação Social pede salários justos Há 12 horas “Continuadores” saúdam trabalhadores Há 12 horas Ataque terrorista faz duas vítimas mortais no Niassa Há 13 horas 1.º DE MAIO: PR apela à responsabilidade colectiva Há 13 horas Aprovados instrumentos para o avanço do Diálogo Político Há 1 dia