Sasol opera normalmente

A PETROQUÍMICA SASOL, que explora o gás natural na província de Inhambane, está a funcionar normalmente, depois da paralisação que se registou por conta das manifestações que ocorrem desde finais de Outubro em alguns pontos do país.

O problema que culminou com a interrupção das actividades da multinacional sul-africana foi originado por uma agitação de pessoas não identificadas na comunidade onde ocorre a exploração de gás, com a alegação de que a empresa não está a cumprir as promessas de contribuir para o desenvolvimento local, avançou o ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno.

Desta feita, invadiram e ocuparam o centro de processamento de gás, obrigando os funcionários a desligar o equipamento e a encerrar o pipeline que abastece à África do Sul.

Entretanto, depois destas ocorrências nas vésperas do Natal a empresa reuniu-se com a comunidade para desconstruir a narrativa propalada e explicar que pelo menos 80 por cento dos anseios da população foram materializados.

Moreno falava a jornalistas depois de um encontro com representantes da Câmara de Negócios África do Sul-Moçambique, evento que contou com a presença da SASOL.

“Houve algumas notícias de paralisação da SASOL, mas fomos informados que a empresa retomou as actividades. Portanto, tudo em negociação com a comunidade”, disse.

Reforçou que o cerne do problema estave relacionado com deficiências de comunicação.

“Alguns agitadores desinformaram a população. Mas em reunião eles esclareceram isso e, felizmente, a empresa está a funcionar normalmente”, assegurou.

A SASOL explora reservas de gás em Temane e Pande desde 2004, tendo exportado 2,6 mil milhões de gigajoules (GJ) de gás de um total de 3 mil milhões produzidos nos últimos 20 anos. Destes, 352 milhões foram utilizados no mercado interno como gás comercial, capitalizando o potencial energético do país.

Para além da exportação, a empresa alimenta centrais eléctricas em Moçambique.

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