Primeiro PlanoRecreio e Divulgação Um ano sem “Baila Maria” Por Jornal Notícias Há 3 meses Criado por Jornal Notícias Há 3 meses 545 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 545 NÁGEL MUNGOI NA segunda-feira assinalou-se um ano desde a morte de Chico António, um músico cujo percurso foi fundamental na promoção dos ritmos tradicionais moçambicanos no panorama nacional e internacional. O artista deu o último suspiro aos 66 anos no Hospital Central de Maputo (HCM), vítima de doença, depois de uma semana internado. Assim chegou ao fim uma jornada repleta de sucesso e que valeu êxitos como “Baila Maria”, “Antlissa Maria” e “Wodza”. Estas e mais canções conquistaram o público e levaram-no a palcos de diversas regiões de Moçambique e além-fronteiras. Chico teve a oportunidade de realizar digressões em países como Zimbabwe, Guiné Conacry, Cabo Verde, Inglaterra, Holanda, Itália, França, Portugal, Suécia, Noruega e Dinamarca. No entanto, o reconhecimento que alcançou e a popularização da sua obra tiveram uma génese humilde. Nasceu no distrito de Magude, província de Maputo, em 1958, onde inicialmente parecia destinado a pastor de gado. Contudo, a vida tomou outro rumo aos seis anos, quando fugiu para a cidade de Maputo após perder metade da manada do pai. Na capital, tornou-se menino de rua e chegou a ser preso pela polícia colonial. Permaneceu encarcerado durante nove meses até ser integrado num orfanato, onde teve a oportunidade de iniciar os estudos. O seu destino artístico começou a desenhar-se em 1967, quando ingressou no Colégio São José de Lhanguene. Aos nove anos tornou-se solista de um coro composto por 50 pessoas, oportunidade que lhe permitiu aprender a tocar trompete, ler partituras e cantar solfejo. Ao longo dos anos, fez parte de vários conjuntos musicais como ABC-78, Grupo Instrumental N.º 1 de Música Ligeira, Rádio Moçambique (Grupo RM) e Orquestra Star de Moçambique, onde conheceu grandes músicos, como Alexandre Langa, Sox, Alípio Cruz (Otis), José Mucavel, José Guimarães e Mingas. Em 1990, após vencer o concurso “Descobertas”, da Rádio França Internacional (RFI), Chico António teve a oportunidade de estudar Música durante dois anos em França. Quando regressou a Moçambique passou a dedicar-se à investigação da música tradicional, procurando a fusão com os sons modernos. Daquele trabalho resultou a criação da Amoya Studio and Art Gallery (ASAGA) e inúmeras colaborações musicais em produções audiovisuais e teatrais. O seu primeiro álbum, “Amoya”, foi editado em 1991 e destacou-se pela fusão de instrumentos tradicionais africanos com os modernos, procurando incentivar a nova geração de músicos a explorar as raízes culturais moçambicanas, enquanto inovava na música. Em 2014 lançou o disco “Memórias”, com 15 faixas, que seguiram a sua busca pela valorização da música tradicional. Em 2018, em reconhecimento do seu trabalho de promoção e valorização da cultura moçambicana no mundo, o Município de Maputo atribuiu-lhe o Prémio Carreira. Leia mais… Você pode gostar também DIA MUNDIAL DO LIVRO: Autores e leitores celebram a fonte do conhecimento FESTIVAL MAKOTI: Uma montra da tradição africana “Vanessa” roda hoje no Scala Tchakaze leva “Só Elas” ao Franco Chico AntónioCULTURA Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Famílias assoladas pelas chuvas recebem assistência Próxima artigo Vida tende à normalidade em Maputo e Matola Artigos que também podes gostar FESTIVAL MAKOTI: Uma montra da tradição africana Há 2 horas Artistas moçambicanos em destaque no Festival Makoti Há 2 dias Paradona apresenta “Pita Kufa, o Leito da Morte” na Guiné Equatorial Há 5 dias Mia Couto nas celebrações do Dia Mundial do Livro em Portugal Há 6 dias Novas regras dos Óscares permitirão uso de IA generativa em filmes Há 6 dias Treinador Miguel Guambe reflecte sobre liderança em nova obra Há 1 semana