COMÉRCIO LIVRE CONTINENTAL: País é referência na logística

AS intervenções que têm vindo a ser realizadas nas principais infra-estruturas logísticas de Moçambique, designadamente portos, caminhos-de-ferro e estradas, tornam o país uma referência no contexto da Zona de Comércio Livre Continental Africano (ZCLCA).

Esta visão foi partilhada com o “Notícias” por Ali Mussa, director-adjunto para o Comércio Externo do extinto Ministério da Indústria e Comércio.

De acordo com o responsável, a Estratégia Nacional para a ZCLCA dá prioridade à capitalização do comércio de serviços, sustentada pela localização geoestratégica do país e disponibilidade de infra-estruturas portuárias e corredores de desenvolvimento que o conectam aos países sem acesso directo ao mar.

Neste contexto, Moçambique tem vindo a reforçar, de forma antecipada, a sua capacidade de resposta ao comércio externo através de intervenções estratégicas na cadeia logística, que se revelarão cruciais com o início efectivo das transacções no âmbito da ZCLCA.

“Os nossos portos e corredores têm vindo a beneficiar de intervenções estruturantes, tendo em conta o seu potencial para tornar Moçambique uma referência ao nível do Continente Africano”, afirmou Mussa.

O responsável referiu ainda que actualmente os portos e corredores de Maputo, Beira e Nacala são reconhecidos pela sua competitividade, tanto na região austral de África como nos mercados da Europa, América, Ásia e Médio Oriente.

As intervenções realizadas, segundo explicou, abrangem também a facilitação do comércio, com destaque para a criação de um comité nacional para o efeito, organismo que tem um papel crucial no incremento da actividade comercial, proporcionando um ambiente mais dinâmico e atractivo para os investidores.

Refira-se que Moçambique aguarda a homologação da sua oferta tarifária, prevista para a próxima cimeira de Chefes de Estado e de Governo, o que o permitirá iniciar as transacções comerciais no âmbito do mercado livre continental.

Enquanto isso, está em curso a criação do organismo responsável pela implementação eficaz do acordo, esperando-se que esteja operacional ainda neste primeiro trimestre.

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