O RECRUDESCIMENTO de assaltos, roubos, furtos, homicídios e outros tipos de crime levam a Polícia da República de Moçambique (PRM) a revitalizar o Policiamento Comunitário, uma estratégia de actuação que privilegia a parceria entre a comunidade e as autoridades em matéria de segurança.
Neste contexto, Cláudio Langa, chefe do Departamento de Policiamento Comunitário no Comando-Geral da PRM, manteve, no fim-de-semana, um encontro com a população do bairro Infulene “A”, no município da Matola, em Maputo, com vista a delinear melhores caminhos para acabar com a criminalidade que aterroriza os moradores.
Segundo Langa, o diálogo permanente com as comunidades é fundamental para garantir a ordem e segurança públicas, daí que apela à maior colaboração de todos.
“Temos de estar unidos e trabalharmos em consonância. A PRM não trabalha sem a comunidade e ela só terá sossego colaborando com a Polícia. Esta parceria resultará na segurança de todos nós”, disse.
Aproveitou o momento para pedir que cessem as perseguições de agentes da PRM que se verificam, sobretudo relacionadas com as manifestações contra os resultados eleitorais e a subida do custo de vida.
Explicou que tais actos resultaram em cerca de duas dezenas de agentes mortos e mais de 100 subunidades destruídas.
“Quando somos assaltados chamamos duas entidades: Deus e Polícia. Mas é esta Polícia que estamos a perseguir. Temos de parar com isso. Procuremos estar mais unidos e firmes de modo a garantirmos a segurança para todos”, acrescentou.
Referiu que a destruição de unidades policiais, um pouco por todo o país, criou novos desafios para a PRM, como a escassez de efectivo e a precariedade das condições de trabalho.
“A PRM está no terreno a trabalhar nas condições possíveis e está a fazer de tudo para que nenhum bairro fique sem protecção”, garantiu Langa que, na qualidade de representante da Associação Internacional de Polícia, ofereceu material escolar às crianças do Infulene “A”.


