DestaqueEditorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 2 meses Criado por Jornal Notícias Há 2 meses 526 Visualizações Compartilhar 1FacebookTwitterPinterestEmail 526 Pela primeira vez na sua história, Moçambique testemunhou, esta semana, a assinatura do primeiro acordo político multilateral, envolvendo, desta feita, o Governo e nove partidos, visando a implementação de um pacote de reformas tendo em vista o bem-estar dos moçambicanos. Ao contrário das ocasiões anteriores, em que os entendimentos foram sempre bilaterais – Governo e Renamo – nesta participam também os partidos Frelimo, PODEMOS, Renamo, MDM, ND, PARESO, PAHUMO, PARENA e Revolução Democrática (RD). A inclusão de novos actores, para além dos habituais dois, é sinal de maturidade democrática, assente no princípio de que todos temos uma palavra a dizer quando o assunto é o nosso bem-estar, independentemente das diferenças ideológicas que sabemos existirem. Mais do que simples facto histórico, é ponto de partida para resolver não só os problemas políticos suscitados pelas últimas eleições, mas também para sanar questões profundas de cariz económico e social rumo ao novo Moçambique que queremos. Pode-se dizer que o documento faz renascer a esperança dos moçambicanos de ver resolvidas, na mesa de negociações, muitas das suas diferenças, colocando sempre o interesse nacional acima de tudo. Trata-se de uma plataforma nova no país, cuja eficácia na resolução dos problemas gera expectativa, numa altura em que críticos entendem que a não participação de Venâncio Mondlane, um dos candidatos presidenciais derrotados, nos debates, pode minar o processo. Este ponto de vista assenta no argumento de que Mondlane é o principal mentor das manifestações que não raras vezes terminam em violência contra pessoas e património, sendo que a sua “exclusão” pode comprometer o alcance dos objectivos preconizados, tendo em conta a franja de seguidores que tem. Acontece que a metodologia escolhida pelo Presidente da República consiste em, nesta fase, privilegiar-se a participação de representantes de partidos, o que à partida põe de fora Venâncio Mondlane, que não tem, actualmente, qualquer vínculo formal político-partidário. Entretanto, seja como for, fazemos fé na perspectiva dos signatários do documento rubricado na quarta-feira, os quais prometem nas etapas subsequentes abrir o fórum de diálogo para actores políticos e sociais. Acreditamos, igualmente, ser este um ponto de partida para iniciar o debate do país, desde que todos os envolvidos se dispam das cores político-partidárias ou extractos sociais que representam para encarar os problemas e propor as atinentes reformas, sem olhar para o benefício pessoal. Não temos ilusão de que será processo fácil, até porque os problemas controvertidos são complexos, porque sensíveis. Referimo-nos, por exemplo, às reformas da própria Administração Pública, dos pacotes eleitorais e de governação descentralizada, que no fim do dia implicarão rever a Constituição da República. Mesmo não resolvendo, de imediato, o problema da instabilidade, o compromisso é uma plataforma que sinaliza a criação de bases para reformas para as instituições funcionarem. Significa que não é razoável que o país continue a viver a desordem que vive, porque passou a ter um fórum próprio para discussão, onde todos poderão apresentar as suas reclamações e depositarem seus sonhos. Acreditamos, juntos somos mais fortes. Leia mais… Você pode gostar também Consolidação das contas para transparência no Sector Empresarial do Estado Chuva obriga à mudança do local das exéquias de Dilon Ndjindji REAFIRMA SILVINO MORENO: Não haverá mais isenções do IVA para óleo e sabões CORRIDA À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: Adiada para hoje eleição do candidato da Frelimo DESTAQUESEDITORIAL Compartilhar 1 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Moçambique assegura vaga no Afrobasket-2025 Próxima artigo Imposição de tarifa ameaça distribuição de água no país Artigos que também podes gostar Daniel Chapo renova carta de condução no Zimpeto Há 14 minutos PM empossa quadros das comunicações Há 45 minutos EDITORIAL Há 2 horas PR inaugura edifício do INATRO no Zimpeto Há 2 horas OTM: Salário mínimo está longe de cobrir cesta básica Há 20 horas Comunicação Social pede salários justos Há 21 horas