ONU estima que três milhões de moçambicanos necessitarão de apoio

O cluster de segurança alimentar liderado pelas Nações Unidas estimou que mais três milhões de moçambicanos necessitem de assistência humanitária urgente e protecção este ano.
“Estima-se que 3,12 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária urgente e protecção em 2025 (…), a insegurança alimentar em Moçambique deverá agravar-se devido à combinação de choques climáticos, conflitos e esgotamento dos alimentos”, lê-se num relatório daquele estrutura global, que coordena a resposta à segurança alimentar, co-liderado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura e pelo Programa Alimentar Mundial.
De acordo com o mecanismo, citado pela Lusa, apesar dos dados preocupantes, actualmente foi desembolsado apenas um por cento dos mais de 392 milhões de dólares necessários para assistir os afectados no país.
No presente ano, mais de 910 mil pessoas que vivem em situação de insegurança alimentar aguda elevada no país poderão passar para a fase de emergência, refere-se ainda no documento.
Entretanto, o Governo lançou na terça-feira um plano de assistência humanitária avaliado em 48,9 mil milhões de meticais para apoiar os deslocados internos afectados pelos desastres naturais e pela insegurança armada no país.
O plano “define as acções de resposta à deslocação interna e redução da pobreza em matérias de acesso aos serviços sociais básicos como a educação, saúde, saneamento e abastecimento de água, inclusão e segurança social, bem como protecção e oportunidades económicas”, disse a presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres, Luísa Meque, durante o lançamento da estratégia denominada “plano de Acção Nacional para Gestão de Deslocados Internos”, em Maputo.

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