Sexta-feira, 2 Maio, 2025
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Vitano Singano detido há mais de cinco meses

Por Jornal Notícias
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VITANO Singano, presidente do partido Revolução Democrática (RD), continua detido na Cadeia Civil de Maputo, para onde foi recolhido há mais de cinco meses, sob acusação de conspiração contra a segurança do Estado.

A informação foi prestada pelo secretário-geral desta formação política, Nunes Paulo, que, em declarações ao “Notícias”, disse não estarem a ter êxito as insistências que o partido faz junto dos órgãos de justiça para obter detalhes sobre o crime de que é acusado e/ou flexibilizar-se o julgamento.

“Tudo o que sabemos é que dizem que a situação do nosso presidente é muito grave. Sentimos que há intenção das autoridades de tornar este expediente mais demorado. É que faz muito tempo que esperamos um pronunciamento formal da parte da acusação para percebermos todos os contornos do processo e saber quando se irá ou não a tribunal”, sublinhou.

Afirmou que Vitano Singano continua vedado de receber visitas na Cadeia Civil de Maputo, tendo sido visto pela última vez pelos seus pares momentos antes da prisão nos finais do ano passado.

“Depois de ter sido preso nunca mais o vimos nem falámos com ele. Não temos ideia do seu estado de saúde, nem há muitos movimentos sobre o processo. Sempre que tentamos visitá-lo, é-nos informado que o acesso ao nosso presidente continua limitado”, referiu.

Nuno Paulo disse ainda que mesmo o advogado do partido não consegue obter grandes novidades sobre a situação do seu líder. No entanto, assegurou que continuam esforços no sentido de tirar Singano da cadeia.

O secretário-geral da RD acrescentou que, pela situação prisional do presidente do partido, os processos atinentes ao Compromisso Político para o Diálogo Nacional  Inclusivo, do qual esta formação é signatária, seguem os seus trâmites sob liderança do vice-presidente da organização, sem a mínima orientação de Vitano Singano.

Lembre-se que o político foi detido a 8 de Novembro do ano passado na capital do país e levado à 8.ª Esquadra, em resposta a um mandado de captura emitido pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.

O Ministério Público acusa Vitano Singano de ter planeado, em Novembro último, um assalto à “Ponta Vermelha”, residência oficial do Presidente da República, no quadro das manifestações pós-eleitorais que assolaram o país.

O presidente do partido Revolução Democrática é também indiciado de ter tentado recrutar membros das Forças de Defesa e Segurança, antigos guerrilheiros de uma força política nacional, entre outras pessoas com experiência militar para assaltar unidades policiais e militares com vista à alteração violenta do Estado de Direito Democrático e criar desordem política e social e subversão do Estado.

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