Charumbira defende intervenção parlamentar nos conflitos africanos

O presidente do Parlamento Pan-Africano, Chief Fortune Charumbira, questionou o papel dos parlamentos nacionais na prevenção de conflitos, alertando para a necessidade de os órgãos legislativos do continente “despertarem do cepticismo” perante sinais iminentes de instabilidade, que frequentemente resultam em conflitos.

Charumbira apontou o recrudescimento da guerra civil no Sudão como exemplo “dramático” da inacção das instituições democráticas africanas, questionando “o que nós fizemos”.

“No momento em que falo temos um grave conflito no Sudão que resultou em mais dez milhões de deslocados. E nós como parlamentos o que estamos a fazer. Estaremos a fazer o suficiente para evitar situações similares?”, retorquiu Charumbira.

O terrorismo, o radicalismo religioso e nacionalismo exarcebado são fenómenos para os quais Chief Furtune Charumbira quer atrair maior atenção dos parlamentos.
No caso vertente do terrorismo, Chief Charumbira apresentou a evolução no continente, descrevendo a situação como preocupante. Em dez anos a actividade terrorista no espaço africano evoluiu de um por cento para os actuais 54 por cento.

Charumbira falava durante a Conferência dos Presidentes dos Parlamentos Africanos, que decorre em Midrand, que tem em vista a preparação da 20.ª Reunião do G20, agendada para os dias 22 e 23 de Novembro, na África do Sul.

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