DestaqueEditorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 5 meses Criado por Jornal Notícias Há 5 meses 448 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 448 A SEMANA está a ser marcada por um intenso movimento popular que, de forma violenta, contesta nas ruas os resultados das eleições de 9 de Outubro. Como se disse em ocasiões anteriores, a manifestação é um direito que assiste a qualquer cidadão, desde que ocorra dentro dos parâmetros estabelecidos por lei. Lamentavelmente, este não é o caso. Do balanço preliminar divulgado pelo Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), só na quarta-feira pelo menos cinco pessoas morreram e tantas outras ficaram feridas, de entre graves e ligeiros, para além da destruição de importantes infra-estruturas, o que atrasa ainda mais o desenvolvimento. A isto se junta a queda vertiginosa na arrecadação de receitas, o que poderá afectar o pagamento de salários na Função Pública, numa altura em que se aproximam as festas do Natal e do Fim-do-Ano. Entendemos que isto não pode continuar assim. Alguém tem de pôr travão a esta anarquia, que tende a ganhar contornos cada vez mais preocupantes, para o desespero de todo o cidadão de bom senso. Temos conhecimento sobre várias iniciativas da sociedade civil tendentes à promoção do diálogo com vista a serenar os ânimos e auguramos maior celeridade nessa investida, até porque há vidas humanas em risco. Curvamo-nos também à diplomacia do Chefe do Estado, que tem vindo a promover encontros – uns públicos e outros não – com diferentes segmentos da sociedade na tentativa de aproximar posições divergentes, visando o enterrar do machado de guerra. Desejamos, pois, que todas as iniciativas nesse sentido sejam consolidadas e até coroadas de êxito, até porque não encontramos razões para que interesses políticos se sobreponham aos da nação. Nada justifica as mortes e destruição da Pátria Amada. Somos defensores de diálogo sério e profundo, despido de preconceitos e condicionalismos, que nos conduza ao fim da violência, rumo à paz e reconciliação entre moçambicanos. É escusado recordar que não há quem nos ensine os caminhos da busca da paz, a julgar pelas experiências acumuladas durante vários anos que, inclusive, são partilhadas com vários países da região, do continente e do mundo inteiro. Capitalizemos este saber para que a paz e reconciliação nacional prevaleçam. Intensifiquemos o diálogo, identifiquemos os pontos de discórdia, procuremos em conjunto as soluções e entendamo-nos sem haver vencidos nem vencedores. Associamo-nos aos apelos para que jovens, adolescentes e crianças deixem de se instrumentalizar e abracem o caminho do bem; que todos estejamos vigilantes, denunciando os atentados contra a paz, harmonia social, segurança e tranquilidade públicas. Vale a pena relembrar que este país precisa do esforço e contribuição de cada um de nós e que destruir o pouco que construímos com sacrifício prejudica a nós mesmos e não a outros… Porque durante as manifestações o país perde alguns compatriotas, solidarizamo-nos com as vítimas, augurando que as famílias se reconstituam o mais rapidamente possível e se juntem à luta em busca de melhores soluções para esta crise pós-eleitoral. Leia mais… Você pode gostar também FILIPE NYUSI DE VISITA À ZÂMBIA: País está comprometido com modelo de governação CNE EXORTA À AFLUÊNCIA: Arranca hoje no país recenseamento eleitoral JOGOS OLÍMPICOS: Steven Sabino corre esta manhã em Paris TROCAS COMERCIAIS COM MALAWI: Novo regime simplificado isenta direitos aduaneiros EDITORIALMANIFESTAÇÕES PÓS-ELEITORAIS Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Um morto em acidente na “Circular” Próxima artigo Fraca expansão da internet retarda inclusão digital Artigos que também podes gostar OTM: Salário mínimo está longe de cobrir cesta básica Há 50 minutos Comunicação Social pede salários justos Há 57 minutos “Continuadores” saúdam trabalhadores Há 1 hora Ataque terrorista faz duas vítimas mortais no Niassa Há 1 hora 1.º DE MAIO: PR apela à responsabilidade colectiva Há 2 horas Aprovados instrumentos para o avanço do Diálogo Político Há 17 horas