Saúde adquire vacinas contra a cólera

O SECTOR da Saúde poderá adquirir, a breve trecho, mais vacinas contra a cólera, com vista a responder a eventuais surtos da doença, principalmente na época chuvosa, altura em que as condições de saneamento degradam-se no país.

Trata-se de um plano executado anualmente e de carácter preventivo, podendo ser ajustado para reactivo, à semelhança do que ocorreu em Mogovolas, na província de Nampula, que beneficiou, há dias, de vacinação de emergência.

Brayton Maculuve, do Programa Alargado de Vacinação (PAV) no Ministério da Saúde (MISAU), avançou que a acção visava cortar a transmissão da enfermidade nos locais de risco e conferir imunidade à população.

Disse, ainda, que a meta em Mogovolas era vacinar 198 mil pessoas com idade igual ou superior a um ano, e até o fim da campanha haviam sido abrangidas mais de 179 mil, o que corresponde a 86 por cento da meta.

A fonte anotou que as condições climatéricas, caracterizadas por chuvas frequentes, a vandalização e encerramento de algumas unidades sanitárias e desinformação sobre a origem da doença podem ter concorrido para o incumprimento da meta de imunização.

Apesar de tal cenário, avançou que as equipas dispunham de meios suficientes para se deslocarem, igualmente, para locais de difícil acesso e garantir que o maior número de pessoas recebesse a dose do imunizante.

As autoridades de Saúde contaram ainda com o apoio das lideranças religiosas, comunitárias e Polícia da República de Moçambique, que desempenharam um papel preponderante na sensibilização das comunidades e garantia da segurança. 

Dados do boletim epidemiológico apontam que a cólera causou, desde Outubro, 29 mortes, das quais 25 fora das unidades sanitárias, em mais de 302 casos diagnosticados. Actualmente, não há pacientes internados, devido à vandalização dos centros de tratamento da cólera em Nametil.

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