Manifestações pós-eleitorais limitaram desempenho do FNB Moçambique

O FNB Moçambique anunciou, recentemente, os seus resultados financeiros para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2024, reflectindo as adversidades enfrentadas não só pelo banco, mas também por alguns sectores-chave da economia.
Em comunicado de imprensa, o banco refere ter tido um fraco desempenho “conforme demonstrado pelas perdas antes dos impostos de 561,7 milhões de meticais no exercício financeiro findo em 31 de Dezembro de 2024, contra lucros antes de impostos de 361,8 milhões de meticais em 2023”.
Segundo a fonte, estes resultados foram, em grande parte, influenciados por perdas operacionais pontuais que foram incorridas principalmente entre Outubro de 2024 e o fim do ano, elevadas imparidades de crédito relacionadas com perdas antecipadas das manifestações pós-eleitorais em 2024, bem como os elevados custos de investimento contínuo em infra-estruturas críticas e transformação tecnológica.
Reflectindo sobre os resultados, o recém-nomeado Admnistrador-Delegado do FNB Moçambique, Dennis Mbingo, mencionou que “para além das despesas extraordinárias que eram exclusivas de 2024, as alterações nas taxas de juro e um mercado cambial desafiante pressionaram as nossas margens”.
“Apesar dessas pressões, o banco usou o ano passado para acelerar uma ampla restruturação destinada a preparar o negócio para o futuro, fortalecendo a sua espinha dorsal digital e criando resiliência nos principais sistemas e processos bancários”, disse a fonte, citada no comunicado.
Acrescentou que “após o lançamento do aplicativo bancário FNB ON no fim de 2023, o banco continuou a investir na sua presença digital e espera aprimorar ainda mais esta plataforma, tornando a App FNB ON na principal plataforma transacional para clientes individuais e empresas”.
Frisou, igualmente, que apesar dos resultados financeiros do banco reflictirem um ambiente operacional difícil, eles também marcam um ponto de viragem.
O FNB Moçambique destacou ainda uma série de iniciativas que está a fazer para preparar o banco para o futuro, fortalecendo os seus pilares fundamentais para se posicionar para um crescimento a longo prazo.
“Embora os nossos resultados financeiros reflictam um ambiente operacional difícil, eles também marcam um ponto de viragem na nossa jornada. O trabalho realizado ao longo do último ano foi fundamentalmente alinhado com a nossa intenção estratégica de criar um banco construído em torno do cliente, e que está ainda mais alinhado com outros negócios do FNB bem sucedidos no continente. Iremos aumentar o nosso foco na tecnologia para ajudar a encontrar soluções que melhor sirvam os nossos clientes, oferecendo soluções fáceis, simples e seguras para as suas necessidades financeiras. Espera-se que a eficiência interna e a inovação centrada no cliente produzam retornos sustentáveis a médio e longo prazo”, disse Mbingo.

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