O PAPA Francisco lançou no domingo um processo mundial de consulta de dois anos que pode mudar a maneira como a Igreja Católica Romana toma decisões e deixar a sua marca para muito além do fim do seu pontificado. Proponentes encaram a iniciativa, chamada “Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão”, como uma oportunidade de mudar as dinâmicas de poder da Igreja e dar mais voz a leigos católicos, como mulheres, e pessoas à margem da sociedade. Conservadores afirmam que o processo, em três etapas, é uma perda de tempo, pode erodir a estrutura hierárquica da Igreja com 1,3 mil milhões de membros e, no longo prazo, diluir a doutrina tradicional. Numa missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, Francisco disse que os católicos deveriam manter a mente aberta durante o processo.