A CLASSE empresarial deve estar atenta, activa e fazer a sua contribuição para o fortalecimento das indústrias criativas e culturais.
Este apelo foi feito há dias pelo presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, na cerimónia de apresentação dos membros do pelouro da Indústria Criativa e Cultura, na organização que dirige.
“Hoje, todos nós somos chamados a dar o nosso contributo para que as indústrias criativas e culturais sejam robustas, sustentáveis e de rendimento. Para isso, temos que mudar de atitude, pagando pelos serviços que nos são prestados pelos artistas”, disse.
O evento, que teve a participação de vários actores das artes e cultura, assim como turismo denominou-se “À caminho do CASP -Conferência Anual do Sector Privado” que terá lugar a partir de hoje até quarta-feira.
Questionado sobre como os empresários podem contribuir no fortalecimento de uma economia criativa, Agostinho Vuma explicou que quando um músico vai cantar numa festa privada deve ser devidamente remunerado e não somente receber “palmadinhas nas costas”, com o pretexto de que é amigo.
Disse ainda que, quando um pintor produz um quadro, o empresário deve comprá-lo e não esperar que seja oferecido. O mesmo sucede em relação aos livros.
“Quando há festivais de artes e cultura, é tarefa dos empresários comprar bilhetes e não esperar pelos convites. Só assim poderemos ver crescer a indústria cultural e criativa”, enfatizou.
Disse que o pelouro das indústrias culturais e criativas é novo no CTA. No entanto, no passado este organismo empresarial tinha um pelouro que englobava o turismo e indústrias criativas.
“Para criar maior dinamismo de cada uma das áreas decidimos separar, criando pelouro do turismo e por outro, das indústrias culturais. Assim julgamos que os resultados serão vistosos e maiores”, explicou.
Dirigindo-se aos presentes, o presidente do pelouro das Indústrias Criativas e Cultura, Moreira Chonguiça, disse que este evento serviu para duas coisas: a primeira é a apresentação dos membros do pelouro e a segunda, a preparação do tema que este irá proferir durante a conferência.
“O tema da nossa comunicação tem muito a ver com a nova maneira de estar, de criar renda, pois com a pandemia muita coisa mudou. E precisamos de incutir uma nova maneira de estar para institucionalizar a acção da indústria criativa como um negócio”, comentou.
O pelouro das indústrias criativas e culturais tem como membros: Moreira Chonguiça (presidente), Matilde Muocha, Quito Tembe, Paulo Sithole, Stayler Marroquin, Vali Sauji, Miguel Proença, Paulo Chibanga, Paulo Bonde e Edilson Alberto.