MAIS de 560 estacas abatidas em um mangal foram recentemente apreendidas, na cidade de Beira, pela Direcção Provincial do Mar, Águas Interiores e Pescas de Sofala.
A informação foi nos facultada pelo coordenador de fiscalização daquela instituição, César Maphosse, que acrescentou que em conexão com o caso foram detidos 12 indivíduos, cinco dos quais na semana passada.
Conforme apurámos, esta apreensão desencadeada particularmente pelo seu sector visa combater a actividade pesqueira ilegal a nível da província de Sofala.
A fonte lamentou a destruição de mangais na cidade da Beira, afirmando que os protagonistas destes actos, que constituem crime ambiental, são cidadãos moçambicanos que estão a destruir as árvores do mangal, com efeitos nefastos para a natureza.
As consequências resultantes do derrube de mangais são consideradas ainda imprevisíveis, mas no futuro se vaticina venha a ter um impacto negativo na vida dos seres humanos.
O abate de mangais para dar lugar a habitações é um grave problema ambiental, porque a vegetação desempenha um papel indispensável na manutenção e renovação do oxigénio e serve para a desova de muitas espécies.
Fora disso, a vegetação desempenha um papel muito importante na manutenção do clima, permitindo a purificação do ar. A desflorestação de grandes extensões para o fabrico de carvão e lenha é igualmente uma preocupação.
A fonte realçou que as elevadas temperaturas fora da época e as chuvas irregulares podem ser consequência do derrube de mangais, sendo que as alterações climáticas podem provocar inundações cíclicas, uma vez que a vegetação serve de barreira às águas.