AS carrinhas de transporte escolar estão a minimizar a falta de transporte na cidade e província de Maputo durante este período em que as aulas estão suspensas, para a prevenção da Covid-19.
Uma das medidas adoptadas pelo Governo para travar a propagação do novo coranavírus é a limitação da lotação dos transportes semicolectivos de passageiros, sendo que as viaturas com 15 lugares devem somente transportar três passageiros por cada banco e os autocarros devem fazer a viagem com todos os utentes sentados.
Esta limitação da lotação agudizou a falta de transporte desde o início da vigência estado de emergência no país, ao mesmo tempo que os operadores de transporte escolar se viram obrigados a parquear as suas viaturas porque as escolas encerraram devido à pandemia da Covid-19.
Contudo, as direcções dos Transportes da cidade e província de Maputo concederam, recentemente, aval aos operadores de carrinhas escolares para o transporte de passageiros.
A medida visa minimizar a falta de transporte, sobretudo nas horas com muito fluxo de passageiros, durante a vigência do estado de emergência, que vigora até dia 31 de Maio.
A decisão agrada aos passageiros e, principalmente, aos operadores de transporte escolar, que há muito esperavam pela mesma, na medida em que alguns não tinham outra forma de conseguir o sustento das suas famílias.
Faizal Boene, transportador, enalteceu a iniciativa da Direcção dos Transportes e afirmou que na altura em que a viatura estava parqueada era difícil ter o pão para o sustento da sua família, composta por sete elementos.
Adriana Benjamim, utente, residente no bairro T3, no município da Matola, disse que as carrinhas escolares estão a ajudar na deslocação de pessoas e bens para diversos destinos, porque com a limitação da lotação há falta de “chapas”.
Arsénia Miambo, porta-voz da Polícia Municipal na cidade de Maputo, referiu que os operadores de transporte escolar devem colocar faixas de indicação das rotas nas viaturas para que os utentes possam identificar o trajecto do veículo.
Indicou que eles devem igualmente cumprir o limite da lotação, de modo impedir a propagação da Covid-19 no país, sob o risco de serem sancionados.