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Há crise de frangos nos mercados

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A CIDADE de Nampula está a enfrentar uma redução na oferta de carne de frango, como consequência da baixa produção por parte das empresas do ramo avícola, incluindo a criação familiar, situação que determinou a escassez do produto e consequente aumento do preço.

Por exemplo, o frango de um quilograma que, nos finais do ano passado e princípios deste, chegou a custar 220 meticais, actualmente está a ser comercializado a 280 meticais.

A empresa Novos Horizontes, produtora e distribuidora de frango na cidade de Nampula, com sede no distrito de Rapale, enfrenta desafios relacionados com os efeitos nefastos da Covid-19.

Alega que os mercados fornecedores da matéria-prima para a produção do frango têm estado a limitar a oferta, a nível internacional, sobretudo no que diz respeito aos ovos para a fecundação dos pintos, recorrendo-se nos últimos tempos aos países vizinhos como Malawi e a África do Sul.

Os desafios agregados têm estado a provocar “stress” no abastecimento de frango no mercado local, distribuindo, actualmente em média 30 toneladas deste produto por semana, embora o ideal fosse mais do que o dobro.

Falando a jornalistas, a directora dos serviços da Novos Horizontes, Luísa Serra, disse que neste momento a produção está a ser feita num dos matadouros, localizado no bairro de Namicopo, na cidade de Nampula.

Explicou que a capacidade de produção instalada no novo matadouro é de 15 mil aves por dia, sendo que antes da crise, a empresa chegou a fazer 12 mil, número que agora baixou para uma média de cinco mil.

“Neste momento estamos a trazer os ovos importados para colocarmos nas chocadeiras e termos os pintos para a farma, porque houve uma crise a nível mundial, em termos de disponibilidade de aves de matrizes, aquelas que põem ovos fertilizantes”, explicou Serra.

Revelou que a empresa começou, há três semanas, a receber ovos e está a trabalhar no sentido de repor a produção do frango para atingir as 60 toneladas semanais.

O governador de Nampula, Manuel Rodrigues, que há dias visitou aquela unidade avícola para se inteirar da escassez do frango e encontrar soluções para abastecer o mercado, orientou para a diversificação dos contactos a nível internacional, no fornecimento da matéria-prima.

“Vamos continuar a dialogar com parceiros de Rapale e não só. Que sejam encontradas soluções com vista a ultrapassarmos esta escassez de frango. Temos que trabalhar para não dar espaço aos oportunistas que, nestas situações, se aproveitam da situação para especular preços”, disse.

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