O CELULAR colocado no bolso da frente pode afectar a fertilidade masculina, segundo um estudo publicado pelo Hospital Central de Quelimane (HCQ).
De acordo com o hospital, citando especialistas, a exposição prolongada dos órgãos genitais à radiação de radiofrequência e ao calor gerado pelo aparelho pode reduzir a qualidade do esperma.
A elevação da temperatura na região testicular, provocada pelo contacto directo com o celular, interfere no ambiente ideal para a produção saudável dos espermatozóides.
Por isso, defende o estudo, a temperatura dos testículos precisa de ser ligeiramente inferior à do corpo. O calor extra gerado pelos celulares no bolso da frente pode prejudicar essa regulação.
Além disso, a radiação emitida por telefones móveis, embora em baixa intensidade, levanta preocupações sobre possíveis danos ao Ácido Desoxirribonucleico, podendo comprometer a fertilidade a longo prazo.
O hospital recomenda evitar guardar o celular no bolso da frente, usar capas protectoras, transportar o aparelho em pastas ou bolsas e nunca colocá-lo próximo à cintura ao dormir.
“Num mundo cada vez mais conectado, o uso constante de telemóveis tornou-se inevitável, mas o hábito aparentemente inofensivo de guardar o celular no bolso da frente pode trazer consequências sérias para a saúde reprodutiva, especialmente a dos homens. A prevenção começa nos pequenos gestos, cuidar da fertilidade hoje é investir na saúde e na família de amanhã”, lê-se no comunidade do HCQ.
Pela primeira vez desde a sua fundação, o HCQ formou recentemente duas especialistas de cirurgia geral, ambas residentes no hospital e que passam a se juntar ao grupo de cirurgiões.
Segundo o director-geral do hospital, Ladino Suade, a formação significa um marco não só para a instituição que representa, assim como para a província da Zambézia. A conquista reforça, igualmente, a capacidade de resposta do HCQ face à crescente procura por serviços cirúrgicos.
Por isso, o hospital reafirma o seu compromisso com a excelência médica ao serviço dos moçambicanos.


