21 C
Maputo
Sexta-feira, 29 - Março, 2024

Mantém-se proibição do comércio de rinocerontes brancos e seus cornos

+ Recentes

EDITORIAL

Alerto Bia aborda vida e ...

Nyusi diz que Manuel Tomé...

Mensagens enaltecem verti...

 

Os países que participam no maior acordo mundial de conservação de espécies, mediante restrições ao seu comércio, rejeitaram, hoje, que os rinocerontes brancos e os seus cornos voltem a ser comercializados, mesmo sob vigilância rigorosa.

O Governo de eSwatini (antiga Suazilândia) tinha apresentado aos países – reunidos em Genebra, numa conferência trienal – um pedido para reduzir o nível de protecção da sua pequena população de rinocerontes brancos, cujo comércio internacional está, totalmente, proibido.

O objectivo deste país era permitir o comércio de partes do animal, incluindo os cornos, que são objecto de tráfico ilegal, devido à sua procura nos mercados asiáticos, pois, lhe é atribuído propriedades medicinais.

Os cientistas já desmentiram tais propriedades, mas a procura mantém-se.

Por uma ampla maioria, os países recusaram-se a reduzir a protecção desta espécie de rinoceronte em eSwatini, onde se estima que restem apenas 66 exemplares na vida selvagem.

A conferência da CITES – Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestre Ameaçadas de Extinção junta cerca de 180 países em Genebra, desde o dia 17, e termina no dia 28.

Também foi rejeitada uma proposta da Namíbia, que pedia o levantamento da proibição do comércio internacional da sua população de rinocerontes brancos e que fossem permitidas transacções com estes animais vivos e como troféus de casa.

De acordo com os últimos dados, o número de rinocerontes na Namíbia é pouco mais de um milhar, no seu meio natural.

"O comércio internacional de rinocerontes está proibido desde 1977 e a sua reabertura significaria um desastre para a sobrevivência desta magnífica espécie", comentou um responsável de operações da organização não-governamental Humane Society International, Adam Peyman, citado pela Efe.

 

Os especialistas consideram que, com o escasso número de rinocerontes brancos que existem em eSwatini, permitir o comércio dos seus cornos seria, seguramente, o fim desta espécie naquele país e iria desencadear a caça furtiva noutros países africanos.Os rinocerontes brancos estão em perigo de extinção, já que, apesar da proibição, os caçadores furtivos alimentam o tráfico internacional do seu corno.

 

 

- Publicidade-spot_img

Destaques