O ATRASO da chegada do livro escolar de distribuição gratuita ao país para o presente ano lectivo está a comprometer as aulas em todo o país, segundo percepção de pais e encarregados de educação, alunos e alguns professores, que levam mais tempo a explicar conteúdos que com os manuais seriam mais facilmente entendidos.
O livro escolar, produzido no exterior, ainda está a ser transportado para o país, segundo garantiu na semana passada o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH). Enquanto isso, as aulas vão decorrendo de forma condicionada em muitos estabelecimentos públicos de ensino, mais de dois meses depois de o ano lectivo ter iniciado. Os professores têm recorrido a materiais electrónicos que disponibilizam para impressão, o que, no entanto, também não é acessível à maioria dos alunos.
Na capital do país, por exemplo, alunos de algumas escolas primárias alegam ter um fraco desempenho devido à falta de material didáctico, embora tenham fichas ou páginas do livro electrónico disponibilizadas pelos professores.
Os livros que mais falta fazem são os da primeira e segunda classe, que não podem passar de alunos que os usaram no ano anterior, e os da sexta classe, que este ano introduz novos manuais, por conta da revisão curricular.