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COMBATE AO TERRORISMO: SADC despacha mais militares para C. Delgado

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ALCIDES TAMELE

A MISSÃO militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral para Moçambique (SAMIM) vai destacar mais homens para Cabo Delgado, com vista a garantir que as áreas recuperadas não voltem a cair nas mãos dos terroristas.

O facto foi anunciado pelo chefe da missão, Mpho Molomo, em conferência de imprensa ontem em Maputo, sem especificar números. Disse apenas que serão reforçadas forças de infantaria.

A SAMIM integra contingentes da África do Sul, Botswana, Angola, Lesotho e Tanzania, nas especialidades das forças terrestres, navais, aéreas, inteligência, que actuam em coordenação com as Forças de Defesa e Segurança (FDS).

Apesar de não avançar os montantes, Mpho Molomo afirmou que as operações militares em Cabo Delgado têm “custos onerosos”, sobretudo agora que se prolongou o mandato, por mais três meses, contados a partir de hoje, data em que inicialmente deveria terminar a missão.

“Entendemos que defender vidas não tem preço e é preciso fazer tudo ao alcance para garantir que os terroristas sejam derrotados e as FADM consigam garantir a estabilidade territorial e a soberania nacional”, disse Molomo.

O prolongamento da missão da SAMIM foi decidido na cimeira extraordinária da Troika do Órgão de Cooperação para as áreas de Política, Defesa e Segurança da SADC que decorreu recentemente em Pretória, na África do Sul, que preside o órgão.

Esta cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), acrescentou, reconheceu que os terroristas foram enfraquecidos, mas não foram completamente eliminados, por isso prorrogou-se a missão militar.

Sobre o balanço dos primeiros três da SAMIM, Molomo afirmou que a missão abateu 20 terroristas e registou três baixas desde o início do apoio às Forças de Defesa e Segurança (FDS). Acrescentou que foram capturados cinco terroristas, apreendido diverso material bélico, informático e religioso e desactivadas quase todas as bases conhecidas dos malfeitores.

“O nosso objectivo é apoiar Moçambique a defender a sua soberania e a integridade territorial, os seus valores mais nobres da democracia, bem como a restauração da paz, segurança e a lei e ordem”, disse o chefe da missão militar da SADC, reconhecendo que a estabilidade do país significa estabilidade regional.