O Presidente da República, Filipe Nyusi, convocou ontem o Conselho do Estado para fazer consultas no âmbito da identificação de caminhos para superar a crise pós-eleitoral caracterizada por manifestações violentas e para analisar os últimos desenvolvimentos do terrorismo em Cabo Delgado.
Quer as manifestações quer o terrorismo estão a causar mortes e destruição de infra-estruturas, razão pela qual este órgão de consulta do Chefe do Estado almeja o seu fim como forma de restabelecer a paz, tranquilidade, harmonia social e estabilidade em todo o país.
O Chefe do Estado, Filipe Nyusi, que falava na qualidade de Presidente do órgão, disse que a nação moçambicana precisa de soluções flexíveis com vista a superar o cenário actual.
“Não nos vamos limitar ao contexto pós-eleitoral porque a situação do país não é das melhores. Temos também de nos preocupar com a situação de Cabo Delgado, daí que contamos com as recomendações dos conselheiros para encontrarmos a melhor maneira de lidar com os conflitos”, frisou Nyusi nas suas notas introdutórias da reunião.
Participaram na sessão de ontem do Conselho do Estado os antigos presidentes Joaquim Chissano e Armando Guebuza; o líder da Renamo, Ossufo Momade, na qualidade de maior partido da oposição; a actual e os antigos presidentes da Assembleia de República, entre outras individualidades.
Constitucionalmente, o Conselho do Estado reúne-se para se pronunciar sobre a declaração de guerra, estado de sítio ou de emergência, convocação de eleições gerais ou dissolução da Assembleia da República.
Esta é a primeira vez em um ano que o Conselho do Estado se reúne, sendo que a última sessão teve lugar aquando da convocação das eleições de 9 de Outubro.
