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Terça-feira, 26 - Março, 2024

DENTRO DE CINCO ANOS: Moçambique poderá ser auto-suficiente em arroz

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MOÇAMBIQUE poderá ser auto-suficiente na produção e disponibilidade de arroz dentro de cinco anos, a avaliar pelos indicadores de crescimento do sector neste momento.

O facto foi avançado esta semana pelo Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, falando no relançamento da unidade de processamento de arroz do Complexo Agro-Industrial de Chókwè (CAIC), na província de Gaza, historicamente conhecida pela produção do cereal.

“Tudo indica que nos próximos cinco anos iremos atingir a auto-suficiência em termos de produção. O nosso desafio começa aqui”, referiu.

Moçambique consome cerca de 580 mil toneladas de arroz por ano, mas 40 por cento é importado, custando pelo menos 130 milhões de dólares anuais (8,3 mil milhões de meticais), de acordo com os mais recentes dados do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM).

Ao mesmo tempo, estima-se que o consumo aumente em 8,5 por cento ao ano, a par do crescimento populacional de 2,5 por cento anuais, num país que conta agora com 30 milhões de habitantes.

Celso Correia prevê um crescimento assente na requalificação das áreas de regadio, dando como exemplo o investimento no Chókwè, onde há mais cinco mil hectares de área cultivada, esperando-se que contribua com um aumento de 20 mil toneladas de arroz para a actual campanha.

A recuperação na produção deste cereal e outros produtos em várias zonas do país fazem parte do programa Sustenta, iniciativa de desenvolvimento do sector agrário, que inclui a distribuição de consumíveis e equipamentos aos pequenos produtores.

O CAIC está sob gestão da empresa pública Hidráulica de Chókwè (HICEP), mas Celso Correia referiu que há contactos para o entregar a operadores privados.

O espaço industrial de processamento de arroz foi inaugurado em 2015 e viria a ficar paralisado durante dois anos devido à falta de matéria-prima viável.

De acordo com Celso Correia, os esforços do Governo visam garantir a segurança alimentar e nutricional, o direito de todas as pessoas ao acesso a uma alimentação adequada para satisfazer as suas necessidades e preferências alimentares, em quantidade, qualidade, num ambiente de saneamento adequado, serviços básicos e cuidados de saúde.

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