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Escolas de condução passam a captar dados biométricos

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AS escolas de condução passarão a efectuar a captação de dados biométricos dos candidatos a condutores, medida que, segundo o Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INATRO), vai concorrer para a diminuição das enchentes nestes serviços, até aqui centralizados à sede e às delegações provinciais.

Segundo Chinguane Mabote, Presidente do Conselho de Administração deste instituto público criado recentemente pelo Governo em substituição do extinto Instituto Nacional dos Transportes Terrestres (INATTER), a descentralização será acompanhada de reformas que visam garantir uma melhor prestação do organismo, envolta, nos últimos tempos, em descontentamento e suspeições de corrupção.

Em entrevista ao “Notícias”, que pode ser lida na página dois da presente edição, Mabote adiantou que o ensino da condução e o consequente licenciamento de cidadãos para o efeito serão mais rigorosos, para o que em breve iniciará uma fiscalização às escolas de condução. Apenas os que funcionarem dentro dos parâmetros definidos por lei continuarão a operar.

O PCA do INATRO adiantou que toda a cadeia de intervenção para a obtenção da carta de condução também será objecto de fiscalização com vista a eliminar anomalias que acabam por afectar o processo todo. Será neste contexto aferida também a actuação dos examinadores do INATRO, que acabam por ser dos últimos intervenientes para a obtenção da carta de condução pela primeira vez.

Entretanto, o instituto debate-se com constantes problemas técnicos que têm condicionado o seu normal funcionamento. O sistema informático para a captação de dados biométricos de candidatos a condutores ou daqueles que pretendem renovar a carta de condução tem sido responsável pelas enchentes que caracterizam o INATRO nos últimos tempos.

A este propósito, Chinguane Mabote anunciou que foi exigido aos provedores de serviço para, num prazo de duas semanas, resolverem as anomalias, sob pena de medidas previstas no contrato entre as partes, que incluem, em última instância, a rescisão. “É importante que se perceba que essa é nossa preocupação. Não nos sentimos felizes, nem tão pouco, quando temos limitações para as quais confiámos nos nossos provedores de serviços. A questão técnica é de solução imediata”, avançou.