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Sexta-feira, 29 - Março, 2024

FUNERAL OFICIAL: Dom Alexandre foi a enterrar na Sé Catedral

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O ARCEBISPO Emérito da diocese de Maputo, Dom Alexandre Maria dos Santos, falecido semana finda, foi hoje (07) a enterrar na cripta da Sé Catedral de Maputo, em funeral oficial, ao fim dos três dias de luto nacional que vigoravam desde terça-feira em todo território nacional.

A cerimónia fúnebre teve lugar as 12 horas e foi acompanhada por pelo Presidente da Republica Filipe Nyusi, dignitários como os ex-presidentes Joaquim Chissano e Armando Guebuza, Presidente da Assembleia da Republica, Esperança Bias, comunidade católica e varias confissões religiosas,

Filipe Nyusi destacou que, durante os 68 anos do seu sacerdócio, Dom Alexandre dos Santos (morreu aos 103) lutou intensamente por uma sociedade de igualdade, justiça, harmonia social, paz e reconciliação, por um Moçambique uno e indivisível.

Referiu que, com a sua morte, partiu a referência dos jovens, dos fiéis seguidores da religião católica e o conselheiro de todos. Chora-se a sua partida, mas também é altura de se transformar esta dor em momento de gratidão para todos os fiéis católicos e aqueles que se identificam e comungam os valores cristãos e para os moçambicanos que tem nele o padrão de justiça, honestidade e mediador.

“Tu te tornaste expoente elevado na formação das gerações mais jovens, na tua compaixão com o sofrimento humano e na defesa intransigente da dignidade humana, entendida como o epicentro do desenvolvimento de Moçambique”, afirmou.

Indicou que o prelado manteve durante o seu percurso a sua veia de homem de diálogo e patriota convicto.

Na sua sabedoria e sem alaridos, o primeiro padre negro do país, pronunciou-se  sobre vários temas da sociedade, como a importância de eleições livres e democráticas, tomando em atenção o papel dos partidos políticos, a preservação da cultura e de aspectos edificantes na promoção do desenvolvimento sustentável.

Sublinhou que o Arcebispo Emérito com a sua calma e prudência chamou, igualmente, atenção dos poderes políticos e da sociedade moçambicana para a situação de pobreza e exclusão social, a pilhagem e a exploração dos recursos naturais e a necessidade de banimento das minas terrestres.

Por seu turno, o Arcebispo de Maputo, Dom Francisco Chimoio, falando da Eucaristia sublinhou que “este homem na sua simplicidade, na sua humildade, na sua pobreza, na sua pequenez, soube deixar-se guiar pelo senhor. Este é o legado que nos deixa, o de não sermos falsos”.

Do Vaticano, o Papa Francisco, enviou uma mensagem que foi lida por um representante da Santa Sé, na qual afirma que o facto de o finado ter dado toda a sua existência a servir incansavelmente o evangelho e a igreja é testemunho dos seus feitos e por isso deve-lhe ser concedido espaço no céu.

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