Terça-feira, 9 Dezembro, 2025
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Moçambique e Portugal expandem cooperação na área de Segurança Rodoviária e Mobilidade

Por Jornal Notícias
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LUÍSA JORGE, no Porto

O Governo moçambicano lança a sua âncora na cidade do Porto, em Portugal, para eliminar a crescente e alarmente situação de sinistralidade nas estradas nacionais.
Neste âmbito, dos quatro protocolos de cooperação a serem assinados amanhã, o relacionado a área de Segurança Rodoviária e Mobilidade é visto como urgente nesta VI Cimeira de Cooperação entre estes países, a decorrer no Palácio da Bolsa.
Centrando a sua reflexão à última sinistralidade ocorrida ontem, na província de Maputo, e que resultou em sete mortes, o representante da pasta do Governo para área de Transportes e Logística, João Matlombe, não escondeu o desagrado e sublinhou o quanto este assunto está a tirar o sono do Governo do dia: “a cooperação nesta área de segurança rodoviária visa, primeiro, a formação dos nossos quadros por forma a melhorar as acções de educação orientadas mais para resultados, de modo a reduzirmos os acidentes”.
Na ocasião, o representante do Governo falou da importância do país adaptar-se e adoptar soluções digitais. Neste diapasão, referiu-se aos projectos em execução em parceria com a congénere portuguesa, com vista a melhorar o ambiente de segurança nas estradas. “Estamos a digitalizar todo o nosso sistema para reduzirmos a intervenção humana no processo. Acreditamos que a experiência que Portugal tem, e também é visto um pouco pela União Europeia, pode ajudar os nossos quadros a terem mais habilidade e condições para se poder resolver a questão da sinistralidade”, explicou.
A criação de uma Agência independente e imparcial para investigação dos acidentes é outra aposta do sector com vista a avaliar e ter recomendações científicas mais isentas, com foco na redução dos acidentes. “Tem que ser uma entidade independente que possa também identificar caso haja falhas do lado do INATRO ou da Polícia de Trânsito e que possa orientar o governo sobre medidas a tomar para que essas instituições que têm as possibilidades de fiscalizar possam melhorar também”, justificou.

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