A oposição afirma que se retirou da sessão plenária sobre o debate do pacote fiscal enviado com carácter de urgência pelo Presidente da República por considerar que o sector privado não foi ouvido e o tempo de análise foi demasiado curto.
Este posicionamento foi expresso hoje, durante uma conferência de imprensa, por Fernando Bismarque, que falava em representação da oposição (PODEMOS, Renamo e MDM).
Explicou que a oposição absteve-se do debate por não concordar com os instrumentos.
“Portanto, se a bancada que ficou sozinha, está confortável com o monólogo, que ela continue assim. Mas, é um mau sinal para a sociedade, porque em democracia temos de ouvir os argumentos dos outros”, disse.
Entretanto, Bismarque reconheceu e compreendeu que o Estado precisa de receitas, sustentando que não deve lesar o bolso dos cidadãos.
“Aliás, o Governo tem onde tirar receiras”, vincou.
A Frelimo, por sua vez, que continua a debater o instrumento, tranquilizou as bancadas da oposição e o país, afirmando que o pacote tributário será aprovado para permitir que o Estado tenha recursos para pagar salários, comprar medicamentos, disponibilizar o livro escolar, construir mais salas de aulas, contratar mais profissionais de saúde e aliviar o bolso de cidadãos, alargando a base tributária, melhorando o custo de vida.



