A reabilitação da ponte-cais da Ilha do Ibo está a flexibilizar a mobilidade no Arquipélago das Quirimbas. A infra-estrutura havia sofrido danos aquando da passagem ciclone Kenneth, em 2019, fenómeno que afectou a zona insular e continental dos distritos de Macomia, Metuge, Pemba e Mecúfi, em Cabo Delgado.
A infra-estrutura foi inaugurada sábado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, que explicou que a sua reabilitação demorou mais algum tempo do que o previsto devido a constrangimentos na mobilização dos fundos para o efeito.
Explicou ainda que as obras decorreram simultaneamente com as da ponte-cais da vila de Búzi, em Sofala, que igualmente ficou danificada na passagem do ciclone Idai, também em 2019, impossibilitando a mobilidade naquele ponto do país.
Referiu que a ponte do Ibo é vital para os mais de 13 mil habitantes das Quirimbas, maioritariamente jovens que se dedicam à pesca e que utilizarão a infra-estrutura para a atracagem de embarcações.
O Chefe do Estado pediu à população melhor conservação da infra-estrutura. “Cuidem bem para durar mais tempo. Façam o mesmo em relação ao aeródromo, porque são bens que facilitam a ligação entre a ilha e a parte continental. Mesmo em caso de ocorrência de eventos calamitosos são estas infra-estruturas que ajudam na assistência da população, tal como aconteceu aquando do ciclone Kenneth”.
Filipe Nyusi referiu que as pontes-cais de Ibo e Búzi foram construídas no âmbito da resposta emergencial aos ciclones Kenneth e Idai.
Refira-se que para as duas pontes o Governo e parceiros investiram pouco mais de 33 milhões de meticais. No Ibo foi construída uma estrutura de betão com cerca de 10 metros de comprimento.
Entretanto, residentes da ilha disseram que a nova ponte vai ajudar na atracagem de embarcações. Muniro Anlawe defendeu que o Governo deve investir também em embarcações de transporte de pessoas e bens.
“Estamos agradecidos pela infra-estrutura mas faltam barcos para o transporte de passageiros e carga. A Ilha do Ibo está a desenvolver-se e é preciso que o Governo invista mais porque o barco é único tipo de transporte aqui”, defendeu Anlawe.
