“Do Morro ao Mar” é o título de uma exposição multidisciplinar do artista brasileiro Josemar Blures (Mar), a ser inaugurada amanhã, na Fortaleza de Maputo. Juntam-se à mostra três compatriotas de Mar, Radí Conceição e Emanoel Saravá, numa curadoria de Juci Reis e do moçambicano Jorge Dias.
A expo apresenta um recorte da pesquisa doutoral do artista Mar, cuja poética emerge das geografias da periferia de Salvador e das “cosmologias afro-diaspóricas, compreendendo o corpo como território vivo”, refere a nota da curadoria.
Por meio da fotografia, da instalação, da escrita e do uso de materiais como barro, madeira, poeira e cerâmica, o artista constrói um contra-arquivo visual que opera entre memória, “escrevivência” e ancestralidade. O barro, matéria central da exposição, actua como vestígio e passagem entre morro e mar, terra e água, passado e presente.
“A participação do artista convidado Emanoel Saravá amplia o campo simbólico da exposição ao accionar fabulações afro-indígenas que afirmam o corpo como território político. Já Radí Conceição (RADIxCAOS) introduz a dimensão performativa, activando a Fortaleza como organismo vivo por meio de gestos, objectos e reorganizações materiais que deslocam o espaço do passado fixo para um presente insurgente”, lê-se.
Recursos de acessibilidade, como poemas em áudio acessados por QR Code, ampliam a experiência do público e reafirmam o compromisso com o acesso plural à arte.
Trio brasileiro expõe “Do Morro ao Mar” na Fortaleza de Maputo
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