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Terça-feira, 26 - Março, 2024

A CURTO PRAZO: Moçambique pretende ser potência energética na região

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O PAÍS terá uma taxa de cobertura de energia eléctrica de 50 por cento em 2024, com a diversificação das fontes de geração deste recurso, o que deverá o tornar, num futuro breve, numa potência da região austral de África.

Para o efeito, estão em curso trabalhos do desenvolvimento de infra-estruturas de produção de energia da rede nacional e de fontes renováveis alternativas para a electrificação de 123 postos administrativos do país até ao fim do presente ciclo de governação.

Falando após inaugurar a central eléctrica de Mazucane, no distrito de Chongoene, província de Gaza, o Presidente da República, Filipe Nyusi, explicou que o aumento da produção de energia está a permitir a sua expansão tanto nas zonas urbanas como nas rurais. Este facto permitirá concretizar, como disse o mais alto magistrado da nação, o sonho de prover o recurso a todos os postos administrativos do país contemplados até 2024.

As projecções indicam que nas próximas duas décadas a procura média anual de energia eléctrica será de 8 por cento, demanda que será ditada pelo crescimento demográfico e industrial. Conforme o Chefe do Estado, as fontes solar e hídrica, em abundância, são cruciais para acompanhar este ritmo de necessidades.

O estadista adiantou que mais 2.5 milhões de moçambicanos terão energia até ao final do ano em curso, o que vai permitir o desenvolvimento, ao nível das comunidades moçambicanas, sobretudo as mais recônditas.

“Queremos que a electricidade deixe de ser luxo para as nossas comunidades. Por isso estamos a trabalhar para garantir o aumento da energia eléctrica, promovendo o investimento público e privado para o desenvolvimento das comunidades”, destacou Nyusi.

O Chefe do Estado referiu que o espectro das energias renováveis no país é completo, sendo a energia solar a mais abundante, com um potencial de 23 terawatts. Este mosaico, enfatizou, levou o Governo a adoptar uma visão proactiva no aproveitamento destas fontes de energias inesgotáveis e de fácil exploração.

“O Governo não irá medir esforços para electrificar, sobretudo as zonas rurais. O nosso desafio consiste no aumento da capacidade para 600 megawatts, edificação de linha de energia e a afirmação de Moçambique como pólo energético da região durante esta governação. Isso vamos fazer! Temos muito trabalho pela frente, mas estamos cientes de que juntos alcançaremos a meta”, vaticinou Nyusi.

Ainda ontem, Nyusi inaugurou três centrais eléctricas, que custaram ao Estado moçambicano cerca de 156 milhões de meticais. Em relação a Mazucane, a electrificação constituiu numa ligação à energia da rede nacional, através de 31 quilómetros de linha média tensão e 12 de baixa tensão, beneficiando as comunidades de Mangundze, Matsinhane, Mavengane e a própria sede do posto. Vai beneficiar 500 novos consumidores, podendo abranger mais pessoas.

Já no distrito de Chibuto inaugurou dois sistemas fotovoltaicos, sendo um em Alto Changane, com capacidade de 115 megawatts por ano, e outro em Changanine, com 72 megawatts/ano.

Assim, o número de postos administrativos da província de Gaza com energia subiu para 37 de um total de 45.

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